Fórmula E volta a Mônaco, agora com o desafio do circuito completo
As ruas de Mônaco estão de volta ao cenário do automobilismo internacional após um 2020 de provas canceladas com a pandemia. E o fim de semana marca o retorno da Fórmula E (agora como Mundial FIA) ao Principado, com uma novidade aguardada com ansiedade. Em vez do traçado mais curto, usado até 2019 – antes da Sainte-Devote os pilotos viravam à direita e saíam à frente do túnel -; será usada uma versão de 3.320m.
Ligeiramente modificada justamente na chicane do porto, até mesmo para evitar qualquer comparação desnecessária com a F-1. Mas com passagem pelas curvas do Cassino; Mirabeau e do Grande Hotel (antiga Loews). Dentro do túnel, o Halo dos carros será iluminado com uma cor diferente da usada no Attack Mode para criar um efeito visual único.
Para a grande maioria do grid, será o reencontro com um cenário conhecido de outras categorias – da F-Renault à F-1, passando por F-2 e F-3. Cinco pilotos – Lucas di Grassi (Audi Abt Team Schaeffler), Jean-Eric Vergne (DS Techeetah), Pascal Wehrlein (Porsche), Sebastien Buemi (Nissan eDams) e Stoffel Vandoorne (Mercedes EQ) disputaram o GP de Mônaco na F-1.
Tradição
“É um lugar onde gostaria muito de vencer. E não apenas por uma questão de posicionamento no campeonato. Mônaco é icônico, é um símbolo. Uma vitória aqui seria certamente um capítulo especial na carreira. O F-E escorrega muito mais na pista do que o F-1. Mas justamente por ter muito menos downforce, um carro de F-E consegue seguir o outro muito mais de perto e isso acaba deixando a corrida muito mais emocionante. Dá para ultrapassar muito mais do que na F-1”, prevê Di Grassi, que vive no Principado. Em 2016 e 2017 ele terminou a prova na segunda posição. Em 2019, Felipe Massa (Venturi) conquistou seu único pódio na categoria elétrica (terceiro lugar).
Já Sérgio Sette Câmara encarou as ruas de Mônaco três vezes pela F-2 e não esconde a ansiedade por voltar com um equipamento totalmente diferente. “Curioso para acelerar com o F-E. Com certeza será uma experiência muito legal”.
Mudança
Diante do que ocorreu na primeira corrida da rodada dupla em Valencia – vários carros pelo caminho sem energia na última volta, a organização da categoria fez um ajuste na regra de redução de energia em casos de safety car. Se uma neutralização se estender pelos cinco minutos finais, não haverá corte de 1kwh por volta sob bandeira amarela.
A programação do ePrix de Mônaco está concentrada no sábado, com os treinos livres (3h e 5h15); a qualificação (7h) e a largada às 11h, sempre pelo horário de Brasília. Com transmissão ao vivo pela TV Cultura.
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