Haas VF-19: alguém aí lembrou da Lotus?
Adeus cinza e vermelho, bem-vindos preto e dourado, uma combinação que traz de volta aos saudosistas os tempos da Lotus John Player Special e, mais recentemente, a combinação usada pela reencarnação do time, que hoje é a Renault. Em sua quarta temporada, a Haas conta pela primeira vez com o suporte de um grande patrocinador externo (a Rich Energy, concorrente da Red Bull, embora muita gente duvide das intenções e da solidez da empresa do britânico Williams Storey).
Não por acaso Londres foi o local escolhido para revelar não o VF-19 em metal e fibra de carbono, mas as imagens do modelo em computador com a nova decoração – os titulares Romain Grosjean e Kevin Magnussen e o piloto de testes e desenvolvimento Pietro Fittipaldi sim, estavam presentes em carne e osso com as novas cores, assim como o carro do ano passado.
Para além das cores, é possível ver pela primeira vez o aspecto definitivo das máquinas com as novas regras em termos de asas dianteiras (mais largas e simples) e traseiras (mais altas), uma tentativa da FIA e da Liberty Media de reduzir o downforce nas curvas e favorecer as ultrapassagens. A Dallara, responsável pelo projeto, se valeu de toda a experiência acumulada pela Ferrari para propor soluções como a carenagem que envolve as pequenas entradas de ar laterais.
A carenagem do motor está mais curta e sinuosa, mostrando que a refrigeração da unidade de potência de Maranello não é uma preocupação excessiva. E a tentativa de aproveitar o assoalho, especialmente na parte traseira, com recortes e defletores para criar o efeito de vórtice e direcionar o ar para longe dos pneus, também fica evidenciada nas primeiras imagens.
As condições estão todas reunidas para uma temporada tão boa quanto a anterior, ainda que a o time comandado por Gene Haas e Gunther Steiner se mantenha fiel aos limites financeiros e ao desejo de chegar aos valores insanos dos top teams.

