Helio Castroneves fala sobre conquista histórica nas 500 Milhas de Indianápolis

“Nas 20 últimas voltas eu falei: ‘não vou perder essa corrida’. A equipe tinha me avisado pelo rápido que seria entre eu e ele (Alex Palou). Passei algumas vezes para saber o que iria acontecer, entender como deveria fazer, e ele me passava de volta. Imaginei que seria na bandeira branca (última volta) mas, quando vi o grupo de retardatários se aproximando, entendi que era o momento. Precisava que eles me puxassem e dessem vácuo”. Descrição de Helio Castroneves sobre os momentos que proporcionaram a quarta vitória nas 500 Milhas de Indianápolis.

Nesta quarta-feira, ainda em meio à agenda intensa reservada ao vencedor da lendária prova norte-americana, o paulista conversou com os jornalistas brasileiros sobre o feito, que o iguala a A.J. Foyt, Rick Mears e Al Unser Sr. E como foi possível transformar um chassi que era o mais lento na edição 2020 (pertencia à equipe Dragonspeed) no primeiro a receber a bandeira quadriculada em 2021.

“O Michael (Shank) fez um ótimo trabalho ao longo do mês. A equipe tem suporte da Andretti, mas foi a Shank quem trabalhou no acerto. Contei com um engenheiro jovem, que havia trabalhado com o Zach Veach, um cara muito inteligente. As vezes fechávamos a garagem e continuávamos discutindo o que fazer no carro. Quando saí para o Carb Day, vi que ele estava perfeito. Pedi para não mexerem em nada. E que fizessem os pitstops de uma forma bem conservadora, para não errarmos, que na pista eu me garantia. Lógico que é uma 500 Milhas, muita coisa pode acontecer, mas deu certo. O carro não me deu preocupação em nenhum momento”.

Emoções

Helinho falou ainda das emoções distintas em cada conquista. “A primeira é a primeira, de início você não entende bem o impacto porque é uma novidade, mas me deu a magnitude de Indianápolis. A segunda foi incrível porque, além de seguida, era a mais improvável. Na terceira eu nem sabia se iria correr, estava me defendendo na investigação por que passei nos Estados Unidos. Esse se torna especial por ser a quarta e por ser uma conquista pessoal. Não tínhamos um grande time para trabalhar por mim. Além de tudo, foi a primeira vitória da história da equipe”.

Penta

O triunfo só aumentou o desejo de voltar a fazer o campeonato completo – volta à pista este ano em mais cinco provas com o Dallara Honda #06. Certo é o retorno em 2022 para tentar se isolar como o maior nome da história centenária da Indy 500. “Vou em busca do penta”, assegura.

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