Japão próximo do retorno ao WRC. Chile também à espera
A rotação de provas sempre foi uma das características do Mundial de Rally (WRC), especialmente nos tempos das disputas mais longas e exigentes, que chegavam a obrigar as duplas a encarar mais de 1.000 quilômetros cronometrados por evento. Pois se o Quênia trabalha nos bastidores para ter de volta o Rally Safari na competição – os dirigentes do país africano apostam no carisma de Jean Todt, presidente da FIA e que disputou o desafio como navegador –, o Japão deu um passo para voltar a fazer parte do calendário.
Oliver Ciesla, diretor-geral da WRC Promoter (empresa do grupo Red Bull), assinou um acordo com os organizadores de um novo evento no país nipônico, agora na ilha de Honshu, a principal do arquipélago. O Rally Shinshiro tem percurso previsto nas proximidades de Tóquio e Nagóia, além de se valer de estradas de terra próximas ao cartão-postal do país, o Monte Fuji. Um evento teste está previsto para a primeira semana de novembro e, se tudo sair como prometido, bastará aguardar pela aprovação do Conselho Mundial da FIA para integrar o calendário já em 2019, e pelos próximos quatro anos. De 2004 a 2010, os japoneses fizeram parte do WRC com uma prova em torno de Sapporo, mas a dificuldade de acesso para o público e a distância dos grandes centros acabaram impedindo sua continuidade, algo que os promotores locais esperam agora resolver.
Na bica de também receber uma das mais espetaculares modalidades do automobilismo também estão os chilenos que, em abril, fizeram seu evento preparatório em Concepción e foram elogiados pela variedade do percurso (terra) e pelo nível de segurança e organização. Como as equipes e a WRC Promoter trabalham com um teto de 14 etapas (e são 13 atualmente), uma das atuais pode ser obrigada a abrir mão da validade mundial, e a França aparece como a bola da vez – o Tour de Corse traz uma dificuldade logística extra por ser disputado na ilha da Córsega.
