Jenson Button e Callum Ilott falam das expectativas para o FIA WEC em Interlagos
Em meio a seis times oficiais na principal categoria do Mundial de Endurance (Hypercar), a britânica Hertz JOTA Sport fez história ao vencer as 6h de Spa-Francorchamps deste ano. Callum Ilott e Will Stevens levaram o Porsche 963 LMDh #12 à primeira posição na Bélgica e mostraram que, no WEC, um time privado, com o suporte da casa alemã, não necessariamente está destinado ao papel de coadjuvante.
Ilott corre pela primeira vez no Brasil depois de vir a Interlagos como reserva da Ferrari. O britânico deixou a Fórmula Indy ao fim da complicada temporada passada pela Juncos Hollinger. Se merecia seguir no campeonato norte-americano, não se queixa do que encontrou nas corridas de longa duração.
“Sei que tenho algo a provar na Indy; tenho condições de estar lá, mas isso não me tira o sono. A endurance é um ambiente diferente, o carro não é simples de pilotar. Ele está mais próximo de um F-1 por causa do sistema híbrido. A categoria envolve várias marcas, nos dá a chance de correr em pistas como Le Mans ou aqui. Chegamos à categoria trabalhando duro e vencemos. Interlagos é uma pista apertada mas ao mesmo tempo com longas retas; um traçado fluido. Acredito que o desgaste dos pneus será maior que o esperado, já que o asfalto é bastante abrasivo”, disse o vice-campeão da F-2 em 2022.
Boas lembranças
Se Ilott fará sua estreia em Interlagos, um de seus companheiros de time conhece perfeitamente os 4.309m do Autódromo José Carlos Pace. Mais do que isso, guarda lembranças especiais de São Paulo. Aos 44 anos, Jenson Button mantém a motivação de acelerar (e principalmente em máquinas e categorias diferentes, o que o levou inclusive à Nascar Cup Series). Especialmente em um equipamento competitivo e com a chance de fazer valer toda a sua experiência.
“Claro que minha principal recordação é o título mundial de 2009, mas Interlagos também foi a pista em que marquei meu primeiro ponto e na qual venci pela última vez (2012). Volto depois de oito anos e agora com uma máquina diferente, terei que me readptar. Mas acredito que teremos um bom desempenho desde que entrarmos na pista”, diz Button. Com conhecimento de sobra do traçado e do WEC, ele faz uma previsão mais que interessante para o público. “Com 37 carros na pista e sem tantos pontos de ultrapassagem, mesmo se não chover acredito que será uma das corridas mais sensacionais dos últimos anos em Interlagos”. Difícil duvidar.