Lewis Hamilton sozinho no topo: vitória 92 no GP de Portugal
Com direito, a chuva, cãibra, perda de posições nas primeiras voltas. Se não foi das mais difíceis, a vitória de Lewis Hamilton no GP de Portugal trouxe desafios ao hexacampeão e entra definitivamente para a história da F1. No ano em que o Mundial chega às sete décadas de disputa, o piloto de Stevenage se torna seu maior vencedor. A presença no degrau mais alto do pódio em Portimão foi a 92ª em 14 temporadas, deixando para trás os números de Michael Schumacher. Que quase certamente ganhará a companhia do britânico como heptacampeão.
A chuva nos primeiros momentos da prova acabou trazendo dor de cabeça às Mercedes. A estratégia de largar com os pneus médios era a ideal para pista seca, mas trouxe dificuldade de aquecimento com o asfalto úmido. O que levou um surpreendente Carlos Sainz (McLaren) a assumir a ponta na primeira volta, à frente de Valtteri Bottas e de Hamilton. Um toque de Max Verstappen (Red Bull Honda) em Sergio Perez (Racing Point) jogou o mexicano para o fim do pelotão, e também fez o holandês perder posições.
Com a pista seca, logo Sainz foi superado pelas duas Mercedes. Na 20ª volta (das 66), Hamilton se valeu da dificuldade de Bottas em condições ainda traiçoeiras para assumir a ponta. Capaz de limitar o desgaste da borracha, ele logo abriu vantagem tranquila para o finlandês. O espanhol da McLaren, por sua vez, perdia terreno. Quem mantinha bom ritmo era Charles Leclerc, com a Ferrari equipada do novo difusor.
Verstappen foi um dos primeiros a fazer o pitstop obrigatório, voltando com pneus médios. Hamilton chegou praticamente à metade da prova sem problemas com os pneus e, embora quisesse seguir, foi chamado na 32ª passagem para montar os duros. Bottas ainda sugeriu estratégia diferente, mas a Mercedes optou pela mesma escolha. A essa altura, o piloto do #77 tinha pouco mais de oito segundos de vantagem para Max.
As rajadas de vento e a possibilidade de mais chuva (algumas gotas chegaram a cair em trechos da pista) foram a preocupação na reta final do GP português. Nada que interferisse no resultado final. Os três melhores do campeonato formaram mais um pódio, com uma ótima quarta posição de Leclerc, assim como a quinta de Pierre Gasly (AlphaTauri). Perez ainda se recuperou para receber a bandeirada em sétimo – superado por Sainz no fim. Esteban Ocon, Daniel Ricciardo (ambos da Renault) e Sebastian Vettel (Ferrari) fecharam a zona de pontuação.
Emoção
“Eu jamais poderia imaginar que chegaria onde estou. Vai demorar um tempo para entender exatamente, agora não tenho palavras para definir. Mas agradeço à equipe por ter confiado em mim e ter trabalhado pela perfeição. Devo essa marca a todos no time, é um privilégio trabalhar com eles”, comemorou um emocionado Hamilton.
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