Luto no circo: Charlie Whiting morre na Austrália
A temporada 2019 do Mundial de Fórmula 1 mal começa e já traz uma notícia triste. Na véspera do início dos treinos para o GP da Austrália, no Albert Park, em Melbourne, Charlie Whiting, que exercia a função de diretor geral de provas para a FIA desde 1997, morreu aos 66 anos vítima de uma embolia pulmonar. O inglês era personagem histórico e, embora tivesse nas mãos boa parte das decisões envolvendo punições e puxões de orelha em pilotos e equipes, será lembrado pelo jeito sempre simpático e pela fama de trabalhador incansável.
Whiting era um dos homens de confiança de Bernie Ecclestone quando o britânico detinha os direitos comerciais da categoria, e não sem motivo. Na Brabham, ao lado do igualmente lendário Herbie Blash, ajudou a fazer com que o time, nas mãos de Ecclestone, mantivesse o prestígio dos tempos do fundador Jack, conquistando vitórias e dois títulos mundiais com Nelson Piquet (foi mecânico do brasileiro), em 1981 e 1983. Sua primeira experiência na F-1 foi com a Hesketh, em 1977, já na fase de declínio do time do excêntrico lorde.
Imediatamente as redes sociais foram invadidas por mensagens de condolências e lembranças. Em nota, o presidente da FIA, Jean Todt, disse que a “Fórmula 1 perdeu uma figura inimitável; um amigo fraterno e um embaixador carismático, que incorporou a ética e o verdadeiro espírito de um esporte fantástico. Recebi a notícia com imensa tristeza e todos os meus pensamentos, assim como da comunidade do esporte motor, vão para seus familiares, amigos e todos os que o admiravam”.
De acordo com informações vindas de Melbourne da jornalista Julianne Cerasoli, da Rádio Bandeirantes, Whiting foi encontrado sem vida no quarto do hotel por volta das 4h locais e pode ter sido vítima dos efeitos do longo voo da Europa à Austrália.
Ficam também os sentimentos do Racemotor e o desejo de que o eterno diretor de provas comande agora os pegas de craques como Ayrton Senna, Gilles Villeneuve e Graham Hill nas pistas lá de cima.