Lynn vence E-Prix de Londres. Sette Câmara oitavo e Di Grassi exclupído
Polêmica no segundo E-Prix de Londres, 12ª etapa do Mundial ABB FIA da Fórmula E. Quem recebeu a bandeirada na frente não levou – no caso, Lucas di Grassi (Audi Sport Abt Schaeffler). O paulista era o nono na segunda entrada do safety car, na décima volta. Foi aos boxes durante a neutralização e, ao atravessar o pitlane, escalou o pelotão para sair à frente do então líder Stoffel Vandoorne (Mercedes EQ). Foi punido com um drive through não cumprido e recebeu a bandeira preta (desclassificação). Chegou a ter creditado o oitavo lugar (19 segundos acrescidos), mas acabou mesmo excluído.
Alex Lynn e a Mahindra aproveitaram o incidente para a primeira vitória do britânico na categoria. Sérgio Sette Câmara (Dragon Penske Autosport) voltou a pontuar, em nono.A corrida do domingo foi bem mais movimentada que a da véspera, mesmo sem a chegada da esperada chuva. Os 10 primeiros se mantiveram até a quarta volta – Vandoorne largou da pole, com Sette Câmara em nono e Di Grassi décimo. A agitação começou com o duplo toque entre Sebastien Buemi (Nissan eDAMS) e Rene Rast (Audi Sport Abt Schaeffler). O que provocou a primeira entrada do safety car e uma punição ao suíço.
O choque entre Andre Lotterer (Porsche) e Antonio Felix da Costa (DS Techeetah) tirou o português da disputa e neutralizou a corrida novamente. Na relargada, foi a vez de Vandoorne e Oliver Rowland (Nissan eDAMS) se acharem na pista do centro de eventos ExCel – brigavam pelo pódio. Sette Câmara chegou a cair para a P.12, mas com os problemas à sua frente voltou a avançar e terminou na posição de largada. Lynn conseguiu se manter à frente de Nyck de Vries (Mercedes EQ), mais uma vez o destaque do E-Prix. Mitch Evans (Jaguar) completou o pódio.
Justificativa
Em suas redes sociais, Di Grassi reconheceu que a manobra foi uma tentativa da Audi de aproveitar uma brecha no regulamento. A equipe alemã identificou que o safety car trafegava abaixo da velocidade máxima do pitlane e chamou o paulista justamente para superar os carros à sua frente. “A penalização (de 19 segundos) foi correta porque os dados não mostraram que o carro parou, embora as rodas tenham se imobilizado. Mas o que fizemos é permitido pelas regras do campeonato”, alegou.
Novo líder
O segundo lugar do holandês vale a liderança do campeonato, com 89 pontos. Quatro a mais do que o compatriota Robin Frinjs (Envision Virgin). Sam Bird (Jaguar), que voltou a abandonar, é o terceiro, com 81. A rodada dupla de Berlim (14/15 de agosto) vai apontar o campeão.

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