Mercedes W10: mudou mais do que parece
Enquanto as rivais apostam nos lançamentos que só mostram os carros de 2018 com a nova configuração aerodinâmica (e se limitam a divulgar imagens de computador das máquinas deste ano), a pentacampeã Mercedes dá novamente uma prova de força ao ser a primeira a ganhar a pista na temporada. O W10 apareceu pela primeira vez no já tradicional shakedown em Silverstone e, se o diretor-técnico James Allison dizia, em vídeo, da ansiedade até o momento de ver a nova criatura em ação, tudo saiu como previsto para o time de Brackley.
Quem não apareceu foi a camuflagem psicodélica dos tweets usados para mostrar detalhes da nova Flecha de Prata – como se esperava, uma brincadeira que escondeu as verdadeiras mudanças nas cores. A carenagem do motor agora conta com várias pequenas estrelas em degradê, enquanto o prateado parece um pouco mais fosco. Bela também a faixa em verde-água que vai do bico até os sidepods.
A última criação de Aldo Costa como projetista em tempo integral do time logicamente é uma evolução dos antecessores, mas também traz mudanças. A que mais chama a atenção é a forma inédita das laterais da asa traseira, com um recorte na parte final. O bico mantém a forma característica e o chassi conta com um pequeno ressalto junto ao ponto de ancoragem do Halo justamente para favorecer a circulação do ar na área. Os sidepods são menos carenados e com entradas de ar maiores do que a concorrência (leia-se: Ferrari), o que mostra a confiança da Mercedes no caminho adotado. O mesmo vale para a sequência de pequenos defletores logo após as rodas dianteiras.

