Nona etapa do Dakar faz estrago nas motos. Brasileiros avançam

A nona etapa do Dakar, disputada em laço (largada e chegada em Neom) nesta terça-feira foi considerada pela maioria dos competidores a mais desafiadora da edição 2021. O dia foi de belas paisagens, com os primeiros quilômetros margeando o Mar Vermelho, mas muitas armadilhas nos 465 quilômetros cronometrados. Trechos técnicos em terra e pedras provocaram várias quedas nas motos e oito abandonos nas duas rodas. Entre eles, os do australiano Toby Price (KTM), que vinha em segundo; do argentino Luciano Benavides (Husqvarna) e de Ross Branch (Yamaha), de Botsuana. Os brasileiros conseguiram superar o desafio nas diversas categorias.

O argentino Kevin Benavides (Honda CRF 450 Rally) foi o mais rápido da etapa, seguido pelos companheiros de equipe Ricky Brabec (que parou para prestar atendimento a Price, mas teve o tempo descontado) e Jose Ignacio Cornejo, cada vez mais líder na classificação geral.

UTVs

Entre os UTVs, um dia complicado para Austin Jones e o brasileiro Gustavo Gugelmin (Can-Am Maverick X3/Monster Energy Can-Am) devolveu a liderança na classe T4 a Francisco ‘Chaleco’ López/Juan Latrach (Can-Am Maverick), mais rápidos da etapa. Os 12 minutos que os separam, no entanto, mantêm a disputa em aberto. Reinaldo Varela/Maykel Justo (Can-Am Maverick X3/Monster Energy Can-Am) concluíram a etapa em sexto e ganharam uma posição na geral – estão agora em quinto.

Na T4 (protótipos) a liderança acabou herdada pelos checos Josef Machacek/Pavel Vyoral (Buggyra Can-Am) com os problemas de Seth Quintero/Dennis Zenz (Overdrive OT3), que tinham vantagem confortável. O terceiro colocado na etapa foi o companheiro de equipe dos novos ponteiros, Tomas Enge. O ex-piloto da F-3000, GT e Indy mostrou rápida adaptação aos UTVs.

Carros

Nos carros, Carlos Sainz (Buggy Mini JCW) fez boa parte da especial com um problema nos freios, enquanto Nasser Al-Attiyah (Toyota Hilux) teve dois pneus furados. Caminho aberto para a primeira vitória de etapa dos líderes Stephane Peterhansel/Edouard Boulanger (Buggy Mini JCW), cada vez mais próximos do triunfo final. Para o experiente piloto francês, sinônimo de 14ª conquista, ampliando seu recorde no mais difícil rally do mundo.

Depois do susto da véspera (uma capotagem que os fez perder mais de quatro horas), Marcelo Gastaldi/Lourival Roldan (Buggy Century CR6) ficaram em 13º no dia – estão em 30º no rally. Guilherme Spinelli/Youssef Haddad (Mini All4/X-Raid) tiveram trabalho para superar os caminhões e UTVs que largaram à sua frente na etapa mas, ainda assim, asseguraram o 22º tempo e seguem em 15º na disputa.

Caminhões

Na disputa dos caminhões, a especial mais sinuosa favoreceu o Iveco comandado pelo checo Martin Macik, que levou a melhor sobre o esquadrão russo Kamaz. No acumulado, no entanto, a vantagem é folgada de Dimitry Sotnikov sobre os companheiros de time Anton Shibalov e Airat Mardeev.

Nesta quarta-feira o destino da caravana é AlUla. Serão 583 quilômetros, dos quais 342 cronometrados, mais uma vez com muita areia, terra e pontos de atenção.

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