Novatos vivem primeira experiência num oval antes dos testes em Indianápolis
Fernando Alonso, em 2017 (e antes dele pilotos como Nelson Piquet), mostraram que é possível, mas não é missão simples encarar a primeira experiência de competição em circuito oval nas 500 Milhas de Indianápolis. Mesmo com simuladores e a orientação de quem já completou milhares de voltas nas quatro curvas e quatro retas da capital de Indiana, o ideal é chegar ao evento com o máximo de experiência. Justamente por isso, três novatos da categoria aproveitaram o feriado para testar no Texas Motor Speedway. Pista com outra característica, mas que proporciona sensações semelhantes às do IMS, que recebe um treino coletivo na quarta-feira.
Se Colton Herta (Harding Steinbrenner) traz na bagagem a experiência da Indy Lights, Ben Hanley (Dragonspeed) e Marcus Ericsson (Schmidt Peterson) só viraram para o mesmo lado na realidade virtual. Os três aproveitaram para buscar a confiança necessária para acelerar num oval e se sentir à vontade em médias superiores a 215 milhas por hora (346km/h).
“Meu primeiro desafio num oval serão as 500 Milhas, talvez o mais difícil que exista. Para andar rápido no banking você tem que confiar no carro, e essa confiança só vem com as voltas. A velocidade é muito mais alta e a sensação ao volante totalmente diferente”, diz o sueco, ex-Sauber, que contou com a ajuda do companheiro de equipe James Hinchcliffe para preparar um acerto neutro e adequado para o Dallara Honda #6 no Texas.
Hanley procurou usar as primeiras voltas para se acostumar a detalhes como a posição no cockpit e o uso dos apoios de cabeça para suportar a ação da Força G. Para tornar a tarefa ainda mais complicada, sua equipe conta com poucas referências dos ovais, o que exigirá sensibilidade e eficiência na busca por uma das 33 vagas no grid para as 500 Milhas. O experiente britânico chegou a andar na casa das 218 milhas, mostrando ter deixado para trás a tensão inicial. “É fundamental se sentir relaxado, no começo eu apertava o volante e estava com a cabeça travada. Eu via as onboards e dizia, ‘ok, então é assim’, mas, quando foi minha vez, foi algo completamente diferente”.
Para o filho de Bryan Herta, vencedor do GP de Austin, o mais importante é conseguir se sentir confortável na pista. “Não andamos aqui tão rápido quanto no Texas, mas mesmo assim é absurdamente rápido. E nada como percorrer voltas e voltas para se acostumar”.