Novos motores da F-1 ganham configuração definitiva
O Conselho Mundial do Esporte Motor (WMSC) da FIA aprovou, nesta terça-feira, as especificações definitivas das novas unidades de potência para o Mundial de F-1, a partir de 2026. Os propulsores darão um passo importante para uma Fórmula 1 mais sustentável – a unidade elétrica terá papel ainda mais importante no conjunto híbrido.
O motor a combustão manterá o formato V6 turbo 1.600cc e passará a ser movido a gasolina sem componentes de origem fóssil. Perde os condutos de admissão de comprimento variável. Nessa nova geração, a FIA abandona o conceito de fluxo de combustível e adota o de fluxo de energia (que já é usado no Mundial de Endurance). O MGU-H (sistema de regeneração de energia dissipada pela turbina) desaparece, sem deixar saudades.
Por outro lado, o MGU-K (KERS), que recicla a energia liberada pelos freios sob forma de calor, terá a capacidade praticamente triplicada (dos atuais 120kW, ou 160cv, para 350kW, ou 470cv). Como a potência máxima será equivalente à atual, acima dos 1.000 cavalos, o motor a combustão terá desempenho mais modesto na equação. O que permitirá o uso de ainda menos combustível por GP (de 70 a 80kg, diante dos atuais 100). E aumentará a durabilidade. Com a expectativa de menos punições de grid por trocas acima do limite, que segue de três por temporada.
Teto de gastos
A F-1 adotará um teto de gastos para a produção e o desenvolvimento das unidades de potência. A exemplo do que faz com a aerodinâmica e o tempo nos túneis de vento e de CFD, as horas nos dinamômetros também serão limitadas. Além disso, aumentará o número de componentes padronizados para todos os fornecedores.
É justamente esse conjunto de medidas a razão para o esperado retorno da Porsche e a chegada da Audi à categoria em 2026. E mesmo para um interesse da Honda em voltar a se envolver oficialmente.
Porpoising
O Conselho Mundial também confirmou ajustes nas regras para 2023 envolvendo o porpoising. Como previsto, as extremidades do assoalho terão sua altura mínima do solo aumentada em 15mm. A ‘garganta’ do difusor (canalização na dianteira para explorar o efeito-solo) também ficará mais distante do asfalto.
Já a partir do próximo GP da Bélgica (dia 28) a FIA medirá a flexibilidade da parte central do assoalho e da prancha de desgaste. Sensores e cálculos matemáticos ajudarão a determinar o nível das oscilações – os carros terão de operar dentro de uma janela considerada segura.
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