O prematuro adeus a Charly Lamm
Ele ganhou de presente do paranaense Augusto Farfus a vitória na Copa do Mundo de GT de Macau, em novembro, em sua última aparição como chefe da equipe Schnitzer BMW, fundada por dois de seus meios-irmãos. E iniciava ali uma aposentadoria merecida do automobilismo depois de mais de quatro décadas ajudando a montadora alemã a colecionar títulos e vitórias no turismo, GT e Endurance. Não fosse isso e certamente estaria em Daytona, acompanhando as M8 GTE alinhadas pelo time Rahal Letterman Lanigan nas 24h de amanhã. Ou em Santiago, na terceira etapa da Fórmula E.
Pois a sexta-feira trouxe a triste notícia da partida prematura de Charly Lamm, aos 63 anos. Graças a ele, a decoração em dois tons de azul e vermelho da BMW Motorsport se tornou conhecida e temida nas principais categorias. O alemão trabalhou com craques como Roberto Ravaglia, Andy Priaulx, Farfus, Alessandro Zanardi e Hans-Joachim Stuck e, mais do que isso, era visto mesmo por rivais como um dirigente afável, acessível e apaixonado pelo que fazia.
Nas redes sociais não faltaram tributos ao já saudoso dirigente, o mais tocante deles justamente o da BMW Motorsport. “É incrivelmente difícil acreditar que Charly não está mais entre nós. Perdê-lo tão precocemente é um choque e uma tragédia, tanto mais que apenas iniciava um novo capítulo de sua vida. Lamentamos a perda de um personagem valorizado e amado internacionalmente, que sempre estará ligado à BMW”.