O resumo da velocidade sobre quatro rodas no fim de semana
Muito do que movimentou o fim de semana da velocidade o Racemotor já mostrou, como a Nascar iniciando os playoffs (com direito à vitória 500 da equipe Penske, consideradas todas as categorias); o Desafio Inca, que serviu como teste para o próximo Dakar nas dunas peruanas; a terceira vitória consecutiva de Ott Tanak no WRC, resultado que coloca o estoniano da Toyota de vez na briga pelo título, além da dobradinha de Felipe Giaffone na Copa Truck em Buenos Aires e do domínio de Paulo Nobre, o Palmeirinha, no Brasileiro de Rally.
Mas, teve muito mais, e o site traz um resumo para quem não acompanhou o que de mais importante ocorreu nas duas e quatro rodas no sábado e no domingo. Com direito a pentacampeonato e categoria com brasileiro na ponta na reta decisiva.
Fórmula 1
Nas ruas de Cingapura, não houve DRS ou diferença de composto de pneus que conseguisse animar as 61 voltas de um GP decidido não na largada, mas no treino oficial do sábado, quando Lewis Hamilton completou uma volta impressionante, por muito pouco não andando abaixo de 1min36. A corrida foi literalmente um ‘Sunday drive’ (só que noturno) do inglês, que consegue levar a melhor mesmo não dispondo hoje de um equipamento tão competitivo em todos os tipos de pista quanto a Ferrari. Para encaminhar ainda mais o penta, o time italiano se perdeu na estratégia e, ao antecipar o pitstop e obrigar Sebastian Vettel a administrar os pneus ultramacios, deu a Max Verstappen a chance de confirmar a segunda posição, longe do alcance do alemão. Boa parte da movimentação da prova se deu nos encontros entre líderes e retardatários, com muita reclamação (na maioria das vezes injustificada) dos primeiros e punições (questionáveis) para quem deveria abrir caminho.
Indycar
Desde que a Indycar adotou a pontuação dupla na prova decisiva, o GP de Sonoma, nenhum piloto que chegou à Califórnia em desvantagem conseguiu levar a melhor, e não foi diferente desta vez. Na última prova da categoria com Verizon como patrocinadora master, Scott Dixon foi, mais do que nunca, fiel a seu estilo limpo, calculista e sem erros, enquanto o rival Alexander Rossi começou a se complicar já na primeira volta, quando bateu no carro do companheiro de time Marco Andretti, danificando a asa dianteira. Na frente, Dixon se ‘contentava’ em seguir o líder Ryan Hunter-Reay, enquanto Rossi exagerava na tentativa de recuperação e via a estratégia diferente adotada não trazer o resultado esperado. Sempre pela equipe de Chip Ganassi, o neozelandês de 38 anos venceu os campeonatos de 2003, 2008, 2013, 2015 e o desse ano, fazendo valer mais uma vez a regularidade e a capacidade de poupar combustível e o equipamento. Outro destaque da corrida foi o ótimo desempenho do mexicano Patricio “Pato” O’Ward, campeão da Indy Lights, em sua primeira chance com o carro da equipe Harding – largou em quinto e terminou em nono. Entre os brasileiros, Tony Kanaan foi o 12º, Pietro Fittipaldi o 16º e Matheus Leist o 19º.
F-4 Italiana
Na visita da categoria de formação ao autódromo de Vallelunga, em Roma, o australiano Olli Caldwell roubou a cena de Enzo Fittipaldi e Leonardo Lorandi, que duelam pelo título. Companheiro do neto de Emerson na equipe Prema, ele venceu as três provas da rodada tripla, depois de conquistar as três poles. Com um oitavo, um segundo e um quarto lugares, Enzo aparece, na pontuação cheia, nove pontos atrás do rival italiano mas, com os descartes, aparece um ponto à frente, restando apenas a etapa de Mugello, no fim de outubro. Outro que fez bonito no fim de semana foi Gianluca Petecof, com um segundo, um quinto e um sexto lugares.
Mundial de Rallycross
Nove etapas na temporada e oito vitórias de Johan Kristofferson, com o VW Polo da equipe de Petter Solberg. Na visita anual da categoria a Riga, na Letônia (uma das etapas mais populares do calendário), ele superou Matthias Ekstroem com a Audi A1 de sua equipe e “sua majestade ” Sebastien Loeb (Peugeot 208). A novidade foi a estreia do ex-piloto de F-1 e endurance Alexander Wurz, bicampeão das 24h de Le Mans, que comandou um dos Ford Fiesta do time de Max Pucher, numa homenagem ao pai, grande nome da modalidade nos anos 1980. Apesar do bom ritmo de prova, ele não conseguiu classificação entre os 12 semifinalistas.