Picapes voltam às pistas brasileiras em 2019: é a Super Cup V6
O Racemotor mostrou como, em setembro, teve início a primeira temporada da TC Pickup, categoria argentina que segue o exemplo da Truck Series norte-americana e aposta na popularidade de modelos como Ford Ranger, Nissan Frontier e VW Amarok para atrair um público já apaixonado pela velocidade. O primeiro campeão, aliás, é um ex-piloto de Fórmula 1 que há anos lutava por um título, sem conseguir: Gastón Mazzacane, a bordo de uma Amarok empurrada por um V6 a gasolina.
Mas quem acompanha o automobilismo brasileiro há mais tempo sabe que o conceito inaugurado pela Nascar apareceu por aqui antes, inicialmente com modelos cabine simples que mantinham a estrutura original e, depois, com a incorporação ao programa da Stock Car, com chassis tubulares cujas bolhas, em cabine dupla, reproduziam as formas dos principais modelos à venda no país (especialmente a Chevrolet S10 e a Mitsubishi L200).
Pois se elas andavam distantes das pistas verde e amarelas, tudo indica que voltarão a acelerar a partir do ano que vem, com a primeira edição do campeonato da Super Cup V6. Uma série idealizada no Sul do país para recuperar as primeiras máquinas, devidamente atualizadas e agora calçadas com os pneus argentinos NA Carrera. A competição foi homologada pelas federações Paranaense e Gaúcha e será disputada no formato de Copas regionais.
Desta vez, os propulsores perdem as duas turbinas originais (de modo a garantir maior durabilidade) e, mesmo aspirados, devem proporcionar potência na casa dos 380 a 400 cavalos, como explica o piloto e preparador paranaense Max Nunes, que está à frente da iniciativa. Mais do que isso, ele traz números animadores para a retomada da categoria. “Acredito que tenhamos, nas primeiras provas do ano que vem, de 14 a 17 picapes, embora seja possível pensar em mais. No auge da Pickup Racing com os chassis originais havia mais de 30 e muitas delas estavam paradas em oficinas mas, com nossa movimentação, o pessoal está se animando”, destaca.
