Pietro Fittipaldi vive ansiedade para a primeira Indy 500
Falta apenas o Carb Day desta sexta-feira. Depois, Pietro Fittipaldi volta ao Indianapolis Motor Speedway já na quinta fila do grid para encarar o ‘Greateast Spectacle in Racing’. Depois da oportunidade frustrada em 2018 com o acidente nas 6h de Spa-Francorchamps (WEC), ele finalmente encara a Indy 500, e em condição mais do que animadora. Na qualificação, não só garantiu um lugar entre os 33, com o Dallara Honda #51 da Dale Coyne with RWR, como se tornou o melhor rookie do grid, o que valeu até prêmio.
“Tem sido uma experiência muito legal, estou bastante ansioso. É a maior corrida do mundo, não tenho experiência em Mônaco ou Le Mans, mas é algo incrível. Pilotei mais aqui do que em qualquer outra pista na vida. Na semana passada foram seis dias andando o tempo todo”.
O neto de Emerson falou nesta sexta em entrevista à imprensa brasileira sobre a experiência e as expectativas. “Se tivéssimos tirado um pouco mais do downforce talvez tivesse sido possível se classificar para o Fast Nine. Mas depois a pista piorou, teve o acidente do Alex Palou, a equipe preferiu não arriscar”.
Adrenalina
Ele contou ainda sobre a sensação única da classificação. Depois do Open Test e dos primeiros dias de treinos livres em médias na casa de 220mph, na Fast Friday o ritmo subiu para as médias da qualificação. “É muito rápido. Você está acostumado a andar sozinho a 221, de repente faz a reta a 238. É uma sensação incrível, mas algo que vem naturalmente. O mais difícil é fazer as quatro voltas, o pneu começa a piorar, o carro passa a sair de frente ou de traseira. E é pé na tábua o tempo todo. Já corri em muitos carros na vida, mas essa classificação dá mais adrenalina do que qualquer outra coisa”.
Um dos objetivos para o Carb Day (duas horas de pista aberta) é aprimorar o comportamento do carro para a condição de vácuo, que será a constante nas 200 voltas. “É bem difícil pilotar no ar sujo, é algo em que estamos trabalhando ao longo dos treinos, melhorando no acerto e ganhando experiência”. Ele também vai trabalhar a entrada dos pits – até agora os carros tomavam o caminho dos pits na Curva 3 e, na corrida, entram pela Curva 4.
Em casa
O Speedway é mais do que conhecido de Pietro. Em 2018, durante a recuperação do acidente sofrido em Spa, ele morou por dois meses no circuito com a mãe, em um motor home. “Os guardas todos já nos conhecem, o pessoal lembra de mim na cadeira de rodas. Na época eu ficava pensando quando conseguiria correr aqui. Felizmente chegou a hora”.
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