Porsche de olho em retorno à Indycar
A informação vem de fonte confiável (o jornalista norte-americano Adam Stern, do Sports Business Journal) e chama a atenção pelo inesperado: em meio ao silêncio envolvendo a chegada de um novo fornecedor de motores para desafiar Honda e Chevrolet na NTT Indycar Series, a Porsche está em conversas com a organização do campeonato, com 2021 no foco – o ano que marcará a estreia da nova geração de propulsores, mais potentes que os V6 biturbo atuais.
De acordo com ele, o estágio de mero interesse já teria ficado para trás e a discussão envolveria fatores concretos, como os detalhes da nova motorização e custos previstos. O que não é certeza de que os alemães voltarão à categoria, mas um bom indício da possibilidade.
O aspecto inusitado diz respeito à decisão recente (fim de 2017) de deixar o Mundial de Endurance (WEC) na categoria LMP1 para se concentrar na Fórmula E e alinhar apenas os 911 GTE oficiais, além de manter o suporte aos clientes em todas as partes do mundo. Com o espaço cada vez maior às motorizações híbridas, a marca de Zuffenhausen pode batalhar pela presença de algum sistema híbrido que justifique a presença na categoria.
A primeira passagem da Porsche pela Indy trouxe resultados razoáveis. Sob o comando de Derrick Walker, o time estreou em 1987 com um March e Al Unser Sr. ao volante, como um primeiro contato. No ano seguinte, Teo Fabi foi contratado e, a bordo da máquina com a inconfundível decoração da Quaker State, conseguiu um quarto lugar no oval de Nazareth.
A temporada 1989 seria a de melhores resultados, com poles em Portland e Mid-Ohio, vitória no segundo, além da segunda posição nas 500 Milhas de Michigan. Em 1990, com um chassi próprio desenhado pela March com participação de Adrian Newey (o 90P), John Andretti foi contratado para correr ao lado do diminuto italiano, somando dois quintos lugares. Fabi ainda foi pole em Denver e terceiro lugar nas ruas de Meadowlands, próximo a Nova York mas, no fim do ano, os alemães decidiram deixar a categoria.