Primeira de Marcus Ericsson na Indy. Sueco da Ganassi vence em Detroit
Mais um vencedor inédito na temporada da Fórmula Indy (e o sétimo piloto diferente na temporada 2021). Marcus Ericsson deu fim ao jejum nas ruas de Detroit, em que havia sido segundo em 2019. O sueco do Dallara Honda #8 da Ganassi contou com a estratégia adequada e uma boa dose de sorte. Herdou a liderança com a corrida parada em bandeira vermelha – Will Power, com o Dallara-Chevrolet #12 da Penske, não conseguiu religar o carro, com um problema elétrico. E mostrou tranquilidade para defender a liderança nas quatro voltas finais em bandeira verde. Depois de ter largado em 15º. A primeira prova da rodada dupla foi marcada por um acidente forte com Felix Rosenqvist (Arrow McLaren SP) e pelo forte calor.
Ericsson avançou quando vários dos primeiros colocados entraram nos pits a partir da terceira volta. Já para trocar os pneus macios (banda vermelha) pelos prime, mais adequados para o circuito de rua do Belle Isle Park. Josef Newgarden (Penske) viu a roda traseira esquerda do #2 se soltar após a parada. A essa altura, Scott Dixon, que largou com os pneus duros, era o líder.
Rosenqvist nada pôde fazer quando o acelerador do Dallara Chevy #7 travou na curva 6. Com aceleração plena, bateu nas barreiras de pneus, decolou e deslocou uma mureta de concreto. O que levou a direção de prova a interromper a corrida pela primeira vez com bandeira vermelha, na 27ª volta. A retirada do sueco do carro foi demorada, mas Rosenqvist se comunicava e seu estado era menos preocupante do que a cena poderia sugerir. Ele foi levado a um hospital na cidade para exames mais completos.
Reconstrução
O acidente exigiu a remontagem de toda a proteção. Os quatro primeiros colocados precisavam parar logo que o pit abrisse, o que aconteceu – Power então tomou a ponta, seguido por Ericsson e Takuma Sato (Dallara Honda #30/Rahal Letterman) –, os três pararam pouco antes da interrupção. Com isso, fariam apenas uma parada a mais. Ericsson pressionou Power e chegou a estar a menos de dois décimos de segundo, mas não conseguia ultrapassar. O australiano reagiu e mantinha a diferença na casa de oito décimos, quando Romain Grosjean (Dallara Honda #51 Dale Coyne with RWR) perdeu o controle numa ondulação e bateu no muro, na volta 66.
O que prometia ser uma disputa emocionante nas voltas finais perdeu um desolado Power, que só voltou à prova uma volta depois. O pole Pato O’Ward (Arrow McLaren SP) passou a atacar Rinus VeeKay (ECR) pelo segundo lugar. O que deu a Ericsson a chance de abrir o suficiente para vencer. O holandês e o mexicano cruzaram em segunda. Sato perdeu terreno e terminou em quarto. Obrigado a largar em último (troca de motor), Alex Palou (Dallara Honda #10/Ganassi) recebeu a bandeirada em 15º. Prejudicado com a estratégia pela primeira vermelha, Scott Dixon (Dallara Honda #9/Ganassi) foi o oitavo.
Indignado
Power se mostrou indignado com a organização (Indycar) – o campeonato é de propriedade de seu patrão Roger Penske. “Agiram de forma estúpida. Esperaram o último carro parar no pit para liberar os ventiladores nas laterais. Todos sabem que a ECU superaquece, e a minha torrou, simplesmente. Nós sugerimos, pedimos, e não nos ouvem”.
O vencedor mostrou alívio, depois de passar perto algumas vezes. “Lamento por Will, mas talvez fosse o momento da sorte sorrir para mim. A qualificação não foi tão boa (15º) mas eu sabia que tinha um carro bom. A situação de corrida se encarregou do resto”. Ericsson tinha ido ao alto do pódio pela última vez em 2013, na GP2.
Neste domingo os carros voltam à pista para mais uma qualificação e a segunda corrida da rodada dupla, às 13h15.
Detroit GP
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