Red Bull confirma saída de Adrian Newey após 19 anos de parceria

Adrian Newey voltou a ser notícia em um 1° de maio. Projetista do Williams FW16 pilotado por Ayrton Senna no dia do acidente que tirou a vida do tricampeão mundial de F-1, o britânico teve confirmada nesta quarta-feira sua saída da Red Bull. Ele deixará a equipe após 18 anos em que seus carros conquistaram sete títulos de pilotos e seis de construtores, além de 118 vitórias e 101 poles.

Newey não se envolverá no restante do desenvolvimento do RB20 e também não participará do projeto de seu sucessor, no segundo semestre. Sua principal atividade até o fim da temporada será concluir a criação do hypercar RB17, com apresentação prevista para os últimos meses de 2024.

https://racemotor.com.br/2022/06/28/red-bull-anuncia-o-rb17-hypercar-projetado-por-adrian-newey

“Por quase duas décadas foi uma grande honra ter papel importante no progresso da Red Bull Racing, de time estreante a uma equipe múltiplas vezes campeã. Sinto que é o momento oportuno de passar o bastão a outros e buscar novos desafios para mim. Quero agradecer a várias pessoas incríveis com quem trabalhei ao longo desses anos e estou certo de que a engenharia da Red Bull está preparada para o último ano de desenvolvimento do carro no atual ciclo técnico.

Projetos

Newey chegou à Red Bull em 2006, um ano após Dietrich Mateschitz comprar o espólio da Jaguar das mãos da Ford. Então já um projetista de sucesso, aceitou o desafio de levar uma estrutura até então intermediária ao alto do pódio. Além dos projetos de pista, comandou o desenho do hypercar Walkyrie, de Aston Martin (então parceira da Red Bull) e a concepção do veleiro de corrida da equipe Alinghi Red Bull para a Americas Cup.

Curiosamente, a primeira chance do britânico na F-1 veio na Fittipaldi (ex-Copersucar), nos últimos anos do time, ao lado do saudoso Ricardo Divila. Em seguida, o projetista trabalhou para a March na Indy. Voltou à F-1 e ganhou as atenções em 1998, com a Leyton House / March, pilotada por Maurício Gugelmin.

Com motor Judd aspirado, o modelo apresentava uma aerodinâmica refinada e o conceito que se tornaria sua marca registrada, do “quanto menor, melhor”. Em alguns circuitos, o 881 rivalizava com os carros empurrados por motores turbo – Gugelmin foi ao pódio já na estreia (Jarcarepaguá).

Resta agora confirmar o destino do gênio das pranchetas, atualmente com 65 anos. Os principais indícios são de ida para a Ferrari, embora o nome da Audi tenha surgido com força nos últimos dias.

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