Red Bull confirma saída de Adrian Newey após 19 anos de parceria
Adrian Newey voltou a ser notícia em um 1° de maio. Projetista do Williams FW16 pilotado por Ayrton Senna no dia do acidente que tirou a vida do tricampeão mundial de F-1, o britânico teve confirmada nesta quarta-feira sua saída da Red Bull. Ele deixará a equipe após 18 anos em que seus carros conquistaram sete títulos de pilotos e seis de construtores, além de 118 vitórias e 101 poles.
Newey não se envolverá no restante do desenvolvimento do RB20 e também não participará do projeto de seu sucessor, no segundo semestre. Sua principal atividade até o fim da temporada será concluir a criação do hypercar RB17, com apresentação prevista para os últimos meses de 2024.
“Por quase duas décadas foi uma grande honra ter papel importante no progresso da Red Bull Racing, de time estreante a uma equipe múltiplas vezes campeã. Sinto que é o momento oportuno de passar o bastão a outros e buscar novos desafios para mim. Quero agradecer a várias pessoas incríveis com quem trabalhei ao longo desses anos e estou certo de que a engenharia da Red Bull está preparada para o último ano de desenvolvimento do carro no atual ciclo técnico.
Projetos
Newey chegou à Red Bull em 2006, um ano após Dietrich Mateschitz comprar o espólio da Jaguar das mãos da Ford. Então já um projetista de sucesso, aceitou o desafio de levar uma estrutura até então intermediária ao alto do pódio. Além dos projetos de pista, comandou o desenho do hypercar Walkyrie, de Aston Martin (então parceira da Red Bull) e a concepção do veleiro de corrida da equipe Alinghi Red Bull para a Americas Cup.
Curiosamente, a primeira chance do britânico na F-1 veio na Fittipaldi (ex-Copersucar), nos últimos anos do time, ao lado do saudoso Ricardo Divila. Em seguida, o projetista trabalhou para a March na Indy. Voltou à F-1 e ganhou as atenções em 1998, com a Leyton House / March, pilotada por Maurício Gugelmin.
Com motor Judd aspirado, o modelo apresentava uma aerodinâmica refinada e o conceito que se tornaria sua marca registrada, do “quanto menor, melhor”. Em alguns circuitos, o 881 rivalizava com os carros empurrados por motores turbo – Gugelmin foi ao pódio já na estreia (Jarcarepaguá).
Resta agora confirmar o destino do gênio das pranchetas, atualmente com 65 anos. Os principais indícios são de ida para a Ferrari, embora o nome da Audi tenha surgido com força nos últimos dias.
Siga o Racemotor no: