Revelada a máquina da nova Fórmula 3
A penúltima (ao menos na teoria) etapa na escalada rumo à Fórmula 1 muda completamente em 2019. A começar pelo conceito. Se até agora a Fórmula 3 era uma categoria só, com regulamento e chassis semelhantes (nos últimos anos, se transformou num monomarca Dallara por desinteresse da concorrência) nas várias séries pelo mundo, a partir da próxima temporada haverá dois estágios: nas séries regionais, a potência se situa na casa dos 280 cavalos e os carros são tecnologicamente mais simples, enquanto o campeonato internacional, que ocupará o posto atualmente da GP3, manterá os propulsores V6 Mecachrome aspirados com 380cv (cerca de 20 cavalos a menos do que na atual configuração), acoplados à mesma transmissão Hewland com comandos no volante.
E como o conceito técnico é mais uma evolução que uma revolução, o visual do monoposto 2019 não se modifica muito em relação ao da atual GP3. O primeiro exemplar foi mostrado às equipes e ao público em Yas Marina, que recebe a última corrida da categoria com o atual nome. Como já vinha sendo o caso, o carro da F-3 Internacional leva a assinatura da Dallara e mantém as linhas do antecessor, com a presença do Halo (em aço) como a novidade mais evidente. As laterais da asa traseira ganham formato recortado e no bico fica evidente a presença de um “vanity panel” (uma cobertura para esconder o degrau no monocoque, tal como na F-1. Segundo a FIA, o desenho do chassi e os compostos usados em sua fabricação atendem a padrões de resistência a impacto mais severos, especialmente na dianteira. A aerodinâmica foi pensada para facilitar ao máximo as aproximações e ultrapassagens (o DRS, adotado ano passado, segue presente) e tornar o conjunto pouco sensível às variações de altura em relação ao solo.