Ricciardo fora da Red Bull em 2019. Renault é o destino
A especulação esquentou e depois esfriou, com o próprio interessado demonstrando que poderia seguir onde estava por pelo menos mais uma temporada. Mas, em pleno período de férias do circo, a Fórmula 1 foi surpreendida com a confirmação de que Daniel Ricciardo deixa a Red Bull ao final desta temporada, depois de cinco anos, sete vitórias e duas poles. E para um destino surpreendente, a Renault, quarta no Mundial de Construtores.
Tão logo o time austríaco confirmou a notícia, os franco-ingleses desfizeram qualquer nova especulação sobre o futuro do piloto de Perth, revelando a assinatura de contrato pelos próximos dois anos. O próprio Ricciardo, ao comentar a mudança, admitiu que não terá um desafio fácil pela frente: “essa foi uma das decisões mais difíceis da minha carreira, mas senti que era o momento de encarar uma nova missão. Sei que há muito a fazer para que a Renault lute no mais alto nível, mas fiquei impressionado pela evolução da equipe nos últimos dois anos. Sempre que eles estiveram envolvidos com o esporte foi para vencer, e eu espero ajudá-los em mais essa jornada”.
Quando a saída do australiano começou a ser especulada nos bastidores, a McLaren aparecia como forte possibilidade mas, neste caso, apenas uma proposta financeiramente irrecusável justificaria a mudança, considerando as limitações técnicas do equipamento. E se a Ferrari em determinados momentos admitiu estar de olho no australiano, dificilmente haveria clima para repetir uma dupla com Sebastian Vettel que se mostrou explosiva nos tempos de Red Bull (especialmente 2014), a ponto de favorecer a saída do alemão rumo à Scuderia.
Team principal da equipe sediada em Milton Keynes, Christian Horner ficou com a declaração de praxe, agradecendo o australiano pela dedicação e empenho ao longo da parceria e desejando sorte em seus projetos futuros. Que agora, mais do que nunca, incendeiam a silly season da F-1. O cockpit vago na RBR passa a ser a bola da vez nas especulações. A volta de Carlos Sainz, justamente “emprestado” por Helmut Marko à Renault é a possibilidade mais lógica, embora o espanhol venha sendo cortejado pela McLaren. Efetivar Pierre Gasly, que vem bem com a Toro Rosso, também é uma hipótese, ainda que a juventude de uma dupla com Max Verstappen seja um ponto a questionar. É esperar pela montagem das próximas peças do quebra-cabeças…