Roar termina com recorde e ‘pole’ brasileira em Daytona
Três dias de muito trabalho, ajustes e borracha depositada no misto de Daytona chegaram ao fim com os primeiros sinais de favoritismo para as 24h. Se as equipes muitas vezes preferem esconder o jogo tentando escapar de ajustes do Balance of Performance (BOP), uma jogada inteligente da IMSA fez com que andar o mais rápido possível tivesse recompensa: uma sessão de ‘qualificação’ por categoria garante, aos melhores, o privilégio de escolher a melhor posição no pitlane para a corrida, entre os dias 26 e 27 próximos.
E entre os DPi não só foi surpresa o ótimo desempenho dos Mazda (com base no chassi Riley) como o inglês Oliver Jarvis se encarregou de estabelecer um novo recorde (extra-oficial) para o traçado de 5.728m: 1min33s398, meio segundo mais rápido do que a marca estabelecida em 1993 pelo Toyota GTP da equipe AAR/Gurney, máquina com cavalaria bem maior. Mérito, em boa parte dos pneus Michelin, bem mais macios que os Continental usados até o ano passado. Os carros do time japonês (representado pela Joest Racing) foram, aliás, constantemente mais rápidos nas várias sessões, sugerindo que, se a confiabilidade mecânica ajudar, serão uma forte ameaça ao domínio dos Cadillacs. Entre os LMP2, penalizados pelo BOP, melhor para o jovem francês Gabriel Aubry, com o Oreca da PR1 Mathiasen.
Na GTLM, Jan Magnussen e o Corvette C7R se mostraram melhores do que os rivais com equipamento mais recente – o destaque foi a diferença de apenas nove décimos de segundo entre os 9 carros que foram à pista. E na GT Daytona (GTD), a melhor marca ficou com Bia Figueiredo, a bordo do Acura NSX GT3 da Meyer Shank Racing, que divide com Katherine Legge, Simona de Silvestro e Christina Nielsen. A paulista foi beneficiada pela punição aplicada ao Mercedes AMG da Riley Motorsports (time de Felipe Fraga), comandada por Jeroen Bleekemolen. Com base na análise da telemetria dos três dias do Roar Before the Rolex a IMSA vai anunciar nos próximos dias eventuais ajustes de peso mínimo, capacidade do tanque e fluxo de reabastecimento nas três categorias.
