Robert Kubica está de volta. E patrocinador histórico deixa a Williams sem aparecer

Agora é apenas questão do anúncio oficial, previsto para esta quinta-feira (22) no Circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi. Robert Kubica está de volta ao Mundial de Fórmula 1 como piloto titular oito anos depois do grave acidente no Rally Ronde di Andora de 2011, quando, num acidente, a lâmina de uma barreira de proteção em aço de uma estrada italiana invadiu o interior do Skoda Fabia S2000 que pilotava e quase decepou seu braço direito. Desde então, foram várias cirurgias, reabilitação e o desejo de se manter acelerando, que lhe valeu o título mundial de rally na categoria WRC2 de 2013, além de testes e participações em várias categorias e a reaproximação com o circo. Esnobado pela Renault em 2018 depois de andar pela primeira vez em um carro da nova geração, ele tinha tudo para ser confirmado na Williams, mas os rublos do grupo SMP Racing levaram à contratação de Sergei Sirotkin.

E como o banco russo do bilionário Boris Rotenberg, que também tem equipe na endurance (com os BR1 LMP1) preferiu não manter o suporte ao protegido (que deve parar mesmo no WEC), o espaço finalmente se abre para que o polonês de Cracóvia dê continuidade à carreira de 76 GPs e uma vitória (Canadá 2006, com a BMW Sauber). A petroleira polonesa Lotos teria garantido o orçamento necessário para o acordo – na F-1 atual, mesmo um dos mais talentosos pilotos de sua geração acaba ganhando o status de ‘pagante’.

Aos 33 anos, Kubica demonstrou nos vários testes ter resistência física para as exigências atuais de um F-1 e, diferentemente do que ocorria no rally, não dependerá de adaptações no equipamento (no WRC, precisou de autorização da FIA para trocar a alavanca de câmbio sequencial por uma borboleta atrás do volante). A essa altura, as dúvidas são menos sobre a capacidade do polonês em ser competitivo do que as do equipamento já que, mesmo com Paddy Lowe, o time de Grove perdeu desempenho na atual temporada, ocupando uma preocupante lanterna entre os Construtores, com apenas 7 pontos marcados. Sem Rob Smedley, que deixa a escuderia no fim do ano, a aposta é numa maior sinergia com a Mercedes para voltar, ao menos, aos tempos da dupla Felipe Massa/Valtteri Bottas, com poles e pódios.

O GP de domingo, aliás, marca de uma forma curiosa o fim de uma parceria de cinco temporadas com um dos patrocinadores mais marcantes do automobilismo. A Martini deixa de ser o title sponsor da escuderia justamente numa prova em que a publicidade de bebidas alcoólicas é proibida, o que leva a equipe a adotar uma decoração toda em branco e azul bem menos interessante. No vídeo abaixo, aliás, é possível entender a transformação. Apesar da confiança de Claire Williams num cenário favorável para a próxima temporada, ainda não se sabe se o time contará com novo patrocinador principal ou, seguindo o caminho da McLaren, terá de contar com acordos menos lucrativos.

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