Vitória de Varela e segundo lugar para Alonso na oitava etapa do Rally Dakar
Com motos e quadriciclos em silêncio como homenagem ao português Paulo Gonçalves, a segunda-feira (13) no Rally Dakar foi de etapa apenas para carros, caminhões e UTVs. Um ‘loop’ de 471 quilômetros cronometrados com largada e chegada em Wadi al Dawasir. E mais uma vez predominância de areia e dunas. Palco do melhor desempenho tanto de Fernando Alonso quanto dos brasileiros Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin.
O bicampeão mundial de F1, ao lado de Marc Coma (Toyota Hilux/Gazoo Racing), foi superado apenas pelo surpreendente Mathieu Serradori. O francês tem feito um Dakar sólido com o buggy sul-africano Century SRT e, num percurso favorável, venceu a etapa, mantendo-se em sétimo na classificação geral. Foi o primeiro triunfo de um time privado em 32 anos.

Alonso, por sua vez, já é o 13º. Sem o tempo perdido para o reparo na suspensão dianteira durante a segunda etapa, apareceria em oitavo, um desempenho impressionante para quem encara a maratona pela primeira vez.
O trio que luta pela vitória do rally optou por um ritmo mais conservador. O líder Carlos Sainz (Mini JCW Buggy) foi apenas o 15º, com o companheiro Stephane Peterhansel em nono e Nasser Al-Attiyah (Toyota Hilux/Gazoo Racing) em 11º. Sainz conta com 6min40 de vantagem sobre o catariano e 13min09 sobre o francês.
‘Vencedor moral’
Nos UTVs, Varela e Gugelmin, com o Can-Am Maverick #402 registraram o segundo melhor tempo, mas herdaram a vitória. Isso porque os mais rápidos do dia – Mitchell Guthrie/Ola Floene, com o OT3 Overdrive –, estão fora da classificação – seguem como parte do Dakar Experience.
“Esta especial foi bem ao nosso estilo, mesclando velocidade e trechos nos quais a navegação do Gustavo sempre faz a diferença. Andamos forte quando era possível e fomos ágeis na hora que precisamos”, resumiu o piloto.
Na geral, a dupla brasileira, que também teve a prova comprometida por problemas mecânicos, já aparece em 10º. A liderança é de seus companheiros na equipe Monster Energy/Can-Am, os norte-americanos Casey Currie/Sean Berriman.
A nona etapa do Dakar 2020 levará a caravana de Wadi al Dawasir a Haradh, com 410 quilômetros de especial, boa parte deles em terreno pedregoso.
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