Sergio Perez vence corrida maluca no GP de Sakhir

Vencedor inédito no Mundial de Fórmula 1, mas não o imaginado. Se todas as atenções no GP de Sakhir se voltavam para George Russell, as trapalhadas da Mercedes no pitstop abriram caminho para Sergio Perez e a Racing Point. O mexicano, ainda sem cockpit para 2021, aproveitou a oportunidade para ir pela primeira vez ao alto do pódio. Que ainda teve Esteban Ocon (Renault) e Lance Stroll (Racing Point). Foi o primeiro triunfo de um piloto do país latino em meio século.

Mais impressionante, Perez caiu para último na primeira volta após ser tocado por Charles Leclerc na Curva 4 – um acidente que tirou ainda um inocente Max Verstappen (Red Bull) da prova. O que provocou a primeira entrada do safety car. Russell largou melhor que o pole Valtteri Bottas e logo tinha vantagem superior a dois segundos para o finlandês.

Com os pneus médios, a dupla da Mercedes se mantinha na pista enquanto quem vinha atrás fazia o primeiro pitstop. Russell só parou na 46ª das 87 voltas, seguido por Bottas. Na 54ª volta, uma escapada de pista de Nicholas Latifi voltou a neutralizar a prova, com o safety car virtual.

Trapalhada

Nada perto do que aconteceria na volta 63, com a outra Williams. Jack Aitken perdeu o controle do carro na curva de acesso à reta dos boxes e deixou a asa dianteira na pista. O carro de segurança voltou à pista e a Mercedes optou por chamar seus carros para mais uma parada. Russell acabou saindo com um pneu do jogo de Bottas, e o finlandês, já com a troca feita, teve de retornar à borracha usada.

O substituto de Lewis Hamilton começou então um show particular. Obrigado a fazer mais um pitstop, voltou com os pneus macios para, de décimo, partir ao encalço do então líder Perez. A aproximação que parecia inevitável, acabou frustrada com um furo de pneu. Nova visita aos boxes e uma nona posição final (com melhor volta), mantida após a análise dos comissários. O regulamento prevê que, em casos como o deste domingo, o time tem até três voltas para corrigir o equívoco, o que foi o caso. A Mercedes não escapou de multa de 20 mil euros.

“É daqueles momentos que você sonha uma vida inteira. Estou aqui (na F-1) há 10 anos e precisei esperar todo esse tempo até conseguir. Quando caí para último achei que era o fim, mas vi que o rendimento do carro era bom, estava suave como uma limusine. Acho que eu e a equipe merecemos”, festejou o mais novo vencedor do circo. Sobre o futuro na categoria, Checo se disse tranquilo. “Estou com a consciência em paz. Agora não depende de mim”.

Festa também da Renault, pelo primeiro pódio de Ocon. “Chorei um bocado dentro do carro. As vezes as pessoas deixam de acreditar em você e fica tudo mais difícil, mas sempre trabalhei forte e confiei que a hora chegaria”.

Pietro

Pietro Fittipaldi (Haas) atingiu seu objetivo de terminar a prova, com a 17ª posição. Para o neto de Emerson a estreia se mostrou um grande aprendizado, já que teve de se habituar à turbulência dos carros à frente, aos pitstops e à estratégia. Sem cometer erros, registrou tempos competitivos e ganhou um presente antes mesmo da largada. Romain Grosjean optou por não voltar semana que vem, em Abu Dhabi, o que dará ao brasileiro uma nova chance na F-1.

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