Sette Câmara confiante em bom desempenho nas ruas de Baku
No ano passado, ainda pela Carlin, ele largou em quinto, recebeu a bandeirada em quarto na corrida do sábado e, no domingo, cruzou a linha em segundo. Foi ao pódio, estourou a champanhe, mas acabou desclassificado por um erro da equipe – não sobrou, no tanque do Dallara Mecachrome, a quantidade mínima de gasolina exigida pelo regulamento.
Agora defendendo a francesa DAMS, e com uma posição entre os três primeiros da Fórmula 2 como objetivo (para ter direito à Superlicença, que daria a chance de ser titular na F-1), Sérgio Sette Câmara está de volta às ruas de Baku, no Azerbaijão.
Neste fim de semana, a expectativa para a segunda etapa da temporada é fazer ainda melhor do que no ano passado, sem sustos depois de descer do carro.
“É um traçado desafiador que em vários pontos lembra a pista de Macau, a minha favorita. Eu consegui na primeira etapa um bom ritmo nas duas provas e, tenho certeza, a equipe mais uma vez me entregará um carro rápido e confiável. Aqui, como a reta e muito grande, tem sempre muitas ultrapassagens. Assim, trabalhar com foco na estratégia pode ser a chave das vitórias”, destaca o piloto de Belo Horizonte, que vem de dois terceiros lugares na abertura do campeonato, no Barein. Mesma posição ocupada no campeonato, com 27 pontos, 10 a menos do que o líder, o italiano Luca Ghiotto.
Melhorar o desempenho na qualificação, aliás, é o objetivo para o fim de semana na ex-república soviética – largar em oitavo em Sakhir obrigou o mineiro a buscar uma recuperação.
A comparação feita por Serginho entre Baku e Macau não é casual. O traçado montado diante do Mar Cáspio tem 6.003m, um trecho bastante sinuoso e estreito, com os muros próximos mas, por outro lado, a maior reta do calendário.
E como na Fórmula 2 o equipamento é o mesmo para todos os times, o desafio passa a ser aproveitar a ajuda da asa traseira móvel (DRS) para ganhar velocidade extra – o dispositivo é acionado nos pontos definidos pela direção de prova quando a diferença para o carro que vai à frente é inferior a um segundo
Ao mesmo tempo, ser capaz de oferecer resistência e defender a posição, algo que o representante brasileiro na categoria fez muito bem ano passado. É preciso lidar ainda com o desgaste dos pneus, outra preocupação especialmente na corrida curta do domingo, que não tem pitstop obrigatório.