Sexta da F-1 na Arábia Saudita tem Leclerc na frente e ataque nas cercanias da pista
Uma sexta-feira de dois lados abriu a programação para o GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial de F-1 2022. No aspecto esportivo, Charles Leclerc foi o mais rápido das duas sessões livres do dia, com Ferrari e Red Bull repetindo a disputa vista no Bahrain.
A alguns quilômetros do circuito de rua da região da Corniche, em Jeddah, no entanto, motivo para preocupação. Forças contrárias ao governo saudita – muito provavelmente Houthis do vizinho Iêmen –; voltaram a atacar com um foguete as instalações da Aramco. A gigante petroquímica é parceira da Fórmula 1; patrocinadora da Aston Martin e da prova do domingo (27). Em alguns pontos da pista era possível ver a coluna de fumaça escura levantada com o disparo.
A programação do dia seguiu normalmente. No FP1, Leclerc marcou 1min30s772, superando Verstappen por 0s116. Como também foi o caso na segunda sessão, os dois carros italianos andaram bem menos que os da Red Bull e boa parte da concorrência. Valtteri Bottas (Alfa Romeo) foi o destaque da primeira hora de trabalho, com a terceira marca. Com ajustes aerodinâmicos para tentar reduzir o porpoising e recuperar downforce, a Mercedes foi nona (Lewis Hamilton) e 15ª (George Russell), a mais de 1s5 do monegasco. Problemas mecânicos impediram Kevin Magnussen de treinar.
O FP2 foi realizado à noite, assim como a qualificação do sábado. Por isso, ganhou importância especial para as equipes, que usaram os pneus macios (C4) por mais tempo. Leclerc baixou em sete décimos o tempo da manhã (1min30s074), seguido a 0s140 por Verstappen. Carlos Sainz desta vez foi terceiro, com as Mercedes a seguir. Sinais positivos da McLaren, com a sétima marca de Lando Norris.
Hulkenberg
Mais uma vez Nico Hulkenberg comandará um dos carros da Aston Martin. Sebastian Vettel não apresentou o diagnóstico negativo para Covid-19 que permitiria voltar a andar com o carro do time britânico. Na Radio Paddock, a rede de intrigas do circo, houve quem sugerisse que o tetracampeão do mundo preferia não disputar o GP diante o desempenho decepcionante do AMR22. Ou mesmo que ficasse fora em protesto pelo desrespeito aos direitos humanos verificado na Arábia Saudita.

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