Testes da Fórmula E terminam com ‘estreante’ na ponta
Se Alejandro Agag, idealizador e homem-forte da Fórmula E, tem canal direto de comunicação com São Pedro não se sabe. Mas a chuva na sexta-feira que encerrou os treinos coletivos da categoria no Circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha) parece ter vindo sob encomenda. Afinal, pilotos e equipes tiveram dois dias inteiros para desenvolver os novos powertrains e se acostumar ao chassi Spark Dallara Gen2, que faz sua estreia na quinta temporada da categoria. Faltava entender o comportamento das máquinas e dos pneus mistos Michelin em condições de aderência limitada.
Pois mesmo com asfalto molhado o domínio foi da BMW (que estreia esse ano em parceria com a Andretti Autosport), com Alexander Sims, que já havia comandado o pelotão na terça-feira e destaque para os bons desempenhos de dois ex-F-1: Pascal Wehrlein, terceiro com a Mahindra, e Felipe Massa, sétimo com o monoposto da Venturi. O brasileiro, aliás, chamou a atenção pela rápida adaptação ao equipamento, aparecendo entre os 10 primeiros nos três dias de trabalho. Algo que já se previa também com Lucas di Grassi (campeão de 2016/2017) e a máquina da Audi Sport ABT.
Quem parece ainda ter algum trabalho pela frente é Nelsinho Piquet, com o carro da Jaguar. O 13º posto no acumulado de Mitch Evans e o 22º do filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 mostram que os britânicos ainda precisam tirar mais do propulsor elétrico até a abertura da temporada, dia 5 de dezembro com o ePrix de Ad Diriyah, na Arábia Saudita.
Testes coletivos Fórmula E
Combinado dos três dias
Aqui você confere uma volta pelo ponto de vista do piloto: no caso, o holandês Robin Frinjs, que defende a Audi no DTM e testou o carro da Envision Virgin Racing