Testes de Barcelona chegam ao fim com Hulk na frente. Confira os números e o balanço
Foram quatro dias de trabalho em condições de clima bem mais agradáveis que as registradas ano passado, quando até mesmo a neve resolveu se juntar à festa. Ainda assim, bem diferente do que o circo vai encontrar ao longo da maior parte da temporada. E com a programação distinta das equipes na preparação das máquinas, analisar a lista de tempos, mesmo levando em conta os pneus empregados e as estimativas de combustível no tanque é exercício complicado. Por outro lado, não faltam indícios e sinais do que se pode esperar para a segunda semana de testes e, principalmente, o andamento da Fórmula 1 2019.
O Racemotor não esteve em Montmeló (ainda…) e, por isso, a escolha por um “balanção” dos quatro dias de trabalho. Que mostraram, por exemplo, como os projetistas foram capazes de driblar as restrições aerodinâmicas nas asas dianteira e traseira para obter ritmos de volta semelhantes aos do ano passado. Basta lembrar que, em 2018, Sebastian Vettel registrou 1min17s182 com pneus hipermacios enquanto, desta vez, Nico Hulkenberg e a Renault RS19 rodaram em 1min17s393, com o C5, composto mais macio da nova gama da Pirelli.
Mais impressionante foi a demonstração de durabilidade da Honda, com 954 voltas completadas “nas costas” de Toro Rosso e Red Bull, sem grandes problemas. Algo que se esperava principalmente no caso do time principal, que inicia a parceria com os japoneses – Adrian Newey deixou claro que não abriu mão das exigências de redução de dimensões da power unit para satisfazer suas metas aerodinâmicas.
Se no paddock a impressão geral é de que a Ferrari estaria ligeiramente acima da Mercedes em termos de desempenho (foi a mesma sensação registrada ano passado), chama a atenção o bom desempenho de quatro cinco times em especial, mostrando que a briga pelo quarto posto entre os Construtores será mais animada do que nunca.
A Alfa Romeo chegou a ser a mais rápida em um dos turnos de treino, passou das 500 voltas percorridas e demonstrou eficiência e confiabilidade. A própria Toro Rosso se mostra bem nascida, mesmo caso da Renault, que só não andou muito no primeiro dia e também teve seus problemas nesta quinta (21). Boas perspectivas também para a Haas e para a McLaren, que foi uma das que mais sofreram com os “glitches”, os pequenos problemas típicos de um equipamento novo.
A Racing Point andou relativamente pouco na comparação com as rivais diretas – algo que também não é novidade –, mas o suficiente para justificar um otimismo moderado. Na Williams, a correria ao menos permitiu mandar o FW42 à pista mas, pelo que os próprios pilotos transparecem, com algumas soluções provisórias enquanto não se soluciona as deficiências de projeto. Para o time de Grove, cada minuto será decisivo na tentativa de desenvolver uma máquina que dê a Robert Kubica e George Russell condições mínimas de sair do fim do pelotão.
Testes coletivos Fórmula 1
Circuito de Montmeló (ESP)
Melhores tempos (*) | Pneus | |
1. Nico Hulkenberg (ALE/Renault) | 1min17s393 | C5 |
2. Alexander Albon (THA/Toro Rosso) | 1min17s637 | C5 |
3. Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) | 1min17s704 | C5 |
4. Kimi Räikkönen (FIN/Alfa Romeo) | 1min17s762 | C5 |
5. Daniel Ricciardo (AUS/Renault) | 1min17s785 | C5 |
6. Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) | 1min17s857 | C5 |
7. Lewis Hamilton (ING/Mercedes) | 1min17s977 | C4 |
8. Charles Leclerc (MON/Ferrari) | 1min18s046 | C3 |
9. Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) | 1min18s161 | C3 |
10. Lando Norris (ING/McLaren) | 1min18s431 | C4 |
Equipe | Voltas |
Mercedes AMG | 610 |
Ferrari | 598 |
Alfa Romeo | 507 |
Toro Rosso Honda | 482 |
Red Bull Honda | 472 |
McLaren Renault | 445 |
Renault | 433 |
Haas Ferrari | 384 |
Racing Point Mercedes | 248 |
Williams Mercedes | 88 |