Tony e Helinho brigam pela pole na Indy 500. Fittipaldi se garante em 13º

Emoção até o último minuto, surpresas e decepções. Além de ótimos resultados para os brasileiros. O primeiro dia da qualificação para as 500 Milhas de Indianápolis teve de tudo, com direito a drama para quem tentava se garantir entre os 30 mais rápidos, que asseguraram seu lugar no grid. As últimas três vagas serão disputadas neste domingo por um quinteto que inclui Will Power (Dallara Chevrolet #12/Penske), vencedor da prova em 2018. Tony Kanaan (Dallara Honda #48/Ganassi) e Hélio Castroneves (Dallara Honda #06/Meyer Shank) também voltam ao Speedway, por outro motivo: estão entre os nove mais rápidos que brigarão pela pole. Pietro Fittipaldi (Dallara Honda #51/Dale Coyne with RWR) assegurou um lugar na quinta fila, como P.13 – o melhor rookie.

A melhor média na soma das quatro voltas ficou com o carro que entrou primeiro na pista: o Dallara Honda #9 de Scott Dixon (Ganassi). As nuvens sobre o circuito e a temperatura mais amena ajudaram o neozelandês a marcar 231.828 mph (373,01 km/h). Kanaan também contou com o bom acerto da equipe para marcar 231.639 mph (372,7km/h). O que por boa parte da tarde valeu a P.2, até que Colton Herta (Dallara Honda #26/Andretti) se intrometesse entre os carros da CGR.

Helinho também andou acima das 231 milhas horárias já na primeira tentativa – 231.164mph (371,94km/h). O que o deixou em sétimo na sessão; Pietro surpreendeu com a média de 230.846mph (371,43km/h), bem melhor que a conseguida pelo companheiro Ed Jones, com o #18. “É muito intenso, você trabalha por quatro dias para quatro minutos na pista. O carro estava muito bom”, disse o neto de Emerson.

Penske decepciona

Assim como no ano passado, os carros da Penske não conseguiram boas médias. O estreante Scott McLaughlin, com o #3, foi o melhor do quarteto, com a P.17. Power chegou a estar em último – mesmo Josef Newgarden (21º) e Simon Pagenaud (26º) reclamaram da falta de velocidade dos carros do ‘Capitão’.

Apenas dois carros com motores Chevrolet se garantiram no Fast Nine, ambos da equipe de Ed Carpenter: o 21, de Rinus VeeKay e o #20, do patrão. Alex Palou (Dallara Honda #10/Ganassi); Ryan-Hunter Reay (Dallara Honda #28/Andretti) e Marcus Ericsson (Dallara Honda #8/Ganassi) completam os candidatos à pole.

Segunda tentativa

Como prevê o regulamento da qualificação em Indianápolis, os carros puderam voltar à pista para melhorar suas marcas. Quem alinhava na ‘fila lenta’ não perdia a marca anterior, mas tinha de esperar os carros que optaram pela fila rápida – neste caso, a primeira tentativa era anulada. Alguns carros conseguiram médias melhores – VeeKay foi um deles. A temperatura mais alta e o sol sobre a pista deixaram o traçado mais lento e traiçoeiro. Como descobriu Palou, que perdeu a dianteira na Curva 2 e bateu forte no safer barrier. Como não completou as quatro voltas, manteve seu lugar entre os nove.

O maior desespero era de quem queria fugir das cinco últimas posições, para não correr o risco de desclassificação. Power tentou novamente e não melhorou uma média já ruim. O mesmo aconteceu com Simona de Silvestro (Dallara Chevrolet #16/Paretta Autosport), com suporte da Penske. Os dois, Charlie Kimball (Dallara Chevrolet #11/Foyt), Sage Karam (Dallara Chevrolet #24/DRR) e RC Enerson (Dallara Chevrolet #75/Top Gun) vão lutar pelas três vagas na última fila do grid.

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