Toque entre Hamilton e Verstappen gera ódio e racismo em redes sociais

O toque entre Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull) na primeira volta do GP da Grã-Bretanha na F-1 extrapolou a pista e deu início a uma polêmica de bastidores com efeitos desagradáveis. Que levou internautas a se dirigirem ao heptacampeão mundial com manifestações racistas e de ódio, numa tentativa descabida e condenável de responsabilização.

Hamilton, é bom lembrar, foi obrigado a cumprir uma punição de 10 segundos em sua parada, além de ter um histórico de respeito aos rivais nas disputas por posição. O duelo na Copse que levou o holandês à barreira de pneus retratou o que se espera entre dois postulantes ao título. E reproduziu cenas vistas em outras rivalidades, como a de Ayrton Senna e Alain Prost – nem sempre as batalhas terminaram bem para um dos lados.

Para muitos a reação imediata da Red Bull e do próprio Verstappen após o GP foi desproporcional ao que realmente ocorreu. O líder do Mundial 2021 se manifestou no Twitter e condenou o que chamou de ‘comportamento anti-esportivo e perigoso’ de Hamilton. Além disso, disse considerar absurdo que o piloto da Mercedes comemorasse enquanto ele passava por uma série de exames em um hospital. Ainda durante o GP, o team principal Christian Horner, por rádio, alegou ao diretor de prova Michael Masi que a Copse ‘não seria um ponto de ultrapassagem’. O que foi desmentido na pista pelo próprio vencedor do GP em sua corrida de recuperação.

Hamilton se manifestou ainda no domingo, também pelo Twitter. Lembrou que o incidente foi uma mostra dos perigos do esporte. Se referiu a Verstappen como um competidor incrível e se mostrou feliz por saber que o rival estava bem. “Sempre pilotarei de forma agressiva, mas justa”, prosseguiu.

Resposta

O britânico, voz ativa na luta por respeito e oportunidades aos negros, preferiu não responder às manifestações de que foi alvo. A resposta veio através de comunicado divulgado pela Mercedes, pela F-1 e pela FIA. “Condenamos tal comportamento com as palavras mais fortes. Estas pessoas não têm lugar em nosso esporte e devem ser responsabilizadas por seus atos. Estamos trabalhando por maior diversidade e inclusão em nosso esporte, e instâncias inaceitáveis de abusos online devem ser trazidas à luz e eliminadas”, diz a nota conjunta.

As demais equipes – entre elas a Red Bull – se solidarizaram com Hamilton e também condenaram os ataques

Bandeira Vermelha

O diretor de engenharia da Mercedes Andrew Shovlin confirmou que sem a interrupção do GP em Silverstone com a bandeira vermelha Hamilton não teria chances de vencer. Segundo ele, a roda que tocou o carro de Verstappen ficou danificada e poderia levar ao abandono (ou a uma grande perda de tempo na pista) caso a corrida prosseguisse, mesmo sob safety car.

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