Velocidades assustam, e Nascar muda configuração para os superspeedways
Quando anunciou ano passado as regras para atual temporada, com menor potência dos motores nos circuitos com 1,5 milha de extensão ou mais; asas e difusores mais generosos e entradas de ar no parachoque dianteiro para aumentar o downforce, a Nascar admitiu que poderia fazer ajustes de acordo com o que visse na pista. Pois será justamente o caso no acerto específico para as duas pistas mais rápidas do calendário da Monster Energy Cup Series: Daytona (na etapa de 4 julho) e Talladega, que ainda receberá duas visitas.
Ao decretar o fim dos restrictor plates (usados para limitar a potência e as velocidades), aumentar a asa traseira para oito polegadas de altura (cerca de 20,3 cm) e avançar o splitter dianteiro em cinco centímetros, a Nascar imaginava que a resistência ao ar provocada com as mudanças freasse os carros o suficiente. Os motores, na configuração para os circuitos maiores, têm cerca de 550 cavalos, 70 a mais do que com o uso dos plates.
Um teste feito pela categoria em fevereiro, no entanto, mostrou que seria necessário agir ainda mais. Kyle Larson, Daniel Hemric e Alex Bowman simularam mês passado, em Daytona, o vácuo do pelotão e as velocidades teriam sido superiores às 200 milhas por hora de média (320km/h). Com isso o departamento de Desenvolvimento de Competição determinou ao aumento da asa em uma polegada extra (serão 9) e o rebaixamento da barra Panhard em uma polegada, o que afasta a traseira do carro do solo na mesma medida. Na comunicação enviada aos times, a Nascar afirma que não espera mudanças no comportamento dos carros e nas disputas.