Verstappen vence o complicado GP do Catar na F-1
Vitória de número 14 de Max Verstappen (Red Bull) na temporada tricampeã do Mundial de F-1 e sua 49ª na categoria. O holandês dominou da largada à bandeirada o GP do Catar, 17ª prova do campeonato 2023. Uma corrida que entra para a história não pelos aspectos positivos, mas por transformar pilotos e equipes reféns de seus jogos de pneus, sem qualquer possibilidade de arriscar estratégias diferentes. Diante dos danos provocados pelas zebras do traçado de Lusail na borracha, a Pirelli determinou um intervalo máximo de 18 voltas por jogo para o pitstop, acatado pela FIA.
Em um fim de semana com menos jogos por causa da Sprint Race, as escolhas dos times para as 57 voltas não recaíram nos pneus que pudessem render melhor, mas naqueles novos ou menos usados para reduzir ao máximo o número de paradas – ao todo foram 54. Até mesmo os macios (C3) precisaram ser usados. E como se não bastasse, a questão dos limites de pista provocou uma chuva de punições.
O GP do Catar começou movimentado, com a tentativa de Lewis Hamilton (Mercedes) de superar o companheiro George Russell, espremido por Verstappen, que acabou no toque entre os dois carros do time da estrela. Pior para Hamilton que, com a suspensão traseira quebrada, foi parar na caixa de brita, exigindo a entrada do safety car.
Sainz fora
Russell conseguiu seguir na pista, caindo para último. Carlos Sainz (Ferrari) sequer conseguiu largar, com um problema de vazamento de combustível identificado pelo time italiano. Na relargada, Verstappen manteve a ponta, seguido por um Oscar Piastri (McLaren) que avançou com o choque entre as Mercedes e trouxe junto Fernando Alonso (Aston Martin). Apenas 10° no grid, por desrespeitar os limites de pista na qualificação de sexta-feira, Lando Norris (McLaren) também ganhava posições.
A partir daí, o momento dos pitstops de cada carro definiu o andamento da corrida. Se a maioria conseguiu respeitar os intervalos obrigatórios, quem apelou para pneus mais gastos teve de voltar aos boxes em menos tempo.
Recuperação
Russell, que fez uma troca logo na primeira volta, chegou a ser o segundo, mas precisava parar novamente, o que devolveu Piastri à posição, com Norris a seguir. O inglês não gostou da orientação do pit da McLaren para evitar o ataque ao australiano, dizendo estar mais rápido.
Com uma vantagem menor que a habitual (4s833) sobre Piastri, Verstappen recebeu a quadriculada. Norris completou o pódio em mais uma demonstração de força da McLaren. Russell viu sua recuperação premiada com o quarto lugar, seguido por um discreto Charles Leclerc (Ferrari); por Alonso, Esteban Ocon (Alpine), Valtteri Bottas (Alfa Romeo), Sergio Perez (Red Bull) e Guanyu Zhou (Alfa Romeo).
Perez largou dos boxes após a troca de componentes de sua unidade de potência e perdeu a chance de terminar mais à frente ao ser punido duas vezes por superar os limites de pista. Punições também para Pierre Gasly (Alpine), Lance Stroll (Aston Martin) e Alex Albon (Williams). Já Logan Sargeant (Williams) abandonou na 44ª volta devido ao desgaste físico provocado pelo forte calor.
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