Williams confirma George Russell para 2019. Restam apenas duas dúvidas
Bem que Claire Williams, que assumiu o posto de Team Principal na equipe criada pelo pai, Frank, havia afirmado que a formação do time para o Mundial de Fórmula 1 de 2019 poderia surpreender. Vivendo um de seus anos mais difíceis e na iminência de perder o patrocínio da Martini (o contrato chega ao fim em Abu Dhabi) e os milhões de dólares injetados por Lawrence Stroll para garantir a presença do filho, agora de malas prontas para a RP Force India, o time de Grove tenta se reinventar apostando no talento. E terá como um de seus pilotos o líder e virtual campeão da Fórmula 2 George Russell, integrante do programa de talentos da Mercedes.
A confirmação oficial veio nesta sexta-feira e sugere que pode vir da própria Mercedes boa parte do suporte financeiro para encarar um momento financeiramente delicado. Além disso, embora desmentido muitas vezes pelo time, são insistentes os rumores de que o câmbio do FW42 virá do time de Brackley.
Russell, que confirmou que usará o número 63 na F-1, vem se destacando numa temporada em que todos os olhares (e incentivo) dos britânicos se voltavam para Lando Norris. Pois enquanto o compatriota, confirmado na McLaren ao lado de Carlos Sainz, vem mostrando irregularidade e dificuldade para lidar com situações de pressão, quase silenciosamente o piloto de King’s Lynn mostra regularidade, talento e precisão cirúrgica para se aproximar do título da F-2 como novato, uma façanha e tanto. Vale lembrar que ele chegou à categoria de acesso com o título da GP3 nas mãos.
“Eu sonhei por esse momento há mais tempo que possa lembrar, e finalmente posso dizer que sou um piloto de Fórmula 1. Só tenho a agradecer a todos os que fizeram isso possível, significa tudo para mim. Não vejo a hora de começar. É quase surreal imaginar que alinharei no grid ao lado de pilotos que eu admiro e respeito tanto”, explica Russell, que deve ter seu primeiro contato com o carro da Williams já em uma sessão livre de GPs esse ano, antes dos treinos coletivos de Abu Dhabi.
A confirmação da ida do jovem britânico para a Williams (algo que não acontecia desde os tempos de Damon Hill) praticamente sepulta as expectativas de Esteban Ocon em permanecer na categoria como titular. Ainda que em situação menos comprometedora do que se imaginava, a escuderia de Frank Williams deve apostar em um piloto capaz de trazer forte suporte de patrocinadores para completar sua formação (e os russos Sergei Sirotkin, atual piloto, e Artem Markelov, aparecem como os mais cotados, com Robert Kubica correndo por fora). A outra vaga ainda em aberto é a da Toro Rosso, que pode dar nova chance a Brandon Hartley ao lado do reconfirmado Daniil Kvyat ou apostar em nomes como Pascar Wehrlein.