Williams enfim na pista em Barcelona. E já diferente
Frank Williams e sua equipe mostraram, ao longo das mais de quatro décadas de presença no circo, que não se dobram facilmente, mesmo nos momentos de maior dificuldade. Mas algumas decisões equivocadas e apostas que não se confirmaram transformaram o que era uma das potências da F-1 em time que briga para escapar da lanterninha.
E a demora para colocar na pista o FW42 Mercedes só ajudou a aumentar os rumores de problemas internos e limitações orçamentárias – um site britânico, citando fontes ligadas à escuderia, revelou um suposto problema no desenho do sistema de freios, que simplesmente impediria sua montagem na estrutura sem uma revisão do projeto e dos componentes do entorno. E como os limites de resistência a impacto se tornam mais exigentes a cada temporada, não é simples, por exemplo, recorrer ao chassi de 2018, ainda que a possibilidade exista.
Pois um detalhe em especial chamou a atenção assim que a nova máquina do time de Grove apareceu nos boxes de Barcelona e começou a ser preparada para ganhar a pista. No lançamento da nova decoração e patrocinadores (por meio de um vídeo) e mais tarde, com imagens de computador, a Williams revelou o FW42 com uma carenagem do motor semelhante à do ano passado, terminando em uma barbatana generosa.
Não foi o que se viu no modelo real. Compare as imagens para entender como o desenho adotado é bem menos curvo – uma linha reta que termina em um ângulo amplo. A barbatana é bem menor em sua parte inicial, crescendo na proximidade da asa traseira (onde está o número), justamente para direcionar o ar em uma zona aerodinâmica crítica. Confusão do estagiário com as imagens? Tentativa de fazer mistério com um desenho que não mostra nada de radical? O que quer que seja, as coisas não andam fáceis para os lados do time inglês – fica a torcida para que seja possível superar mais uma vez os tempos nebulosos.
