São Paulo apresenta em dezembro proposta de contrato para manter GP Brasil por 10 anos
Rodrigo GiniO governador de São Paulo, João Dória Jr. (PSDB) reafirmou, no paddock de Interlagos, a intenção de manter o GP Brasil em Interlagos a partir de 2021, com um novo contrato. Ao lado de Jackie Stewart, do promotor da prova, Tamas Rohonyi e do CEO da Liberty Media, Chase Carey, ele detalhou os passos da negociação para assinatura de novo compromisso – o atual se esgota na edição 2020. A cidade disputa com o Rio e o projeto de um novo complexo em Deodoro, ainda envolto em polêmica e incertezas.
“Vamos nos reunir com a Liberty em dezembro para apresentar nossa proposta. Não posso entrar em detalhes agora, mas asseguro que ela é muito boa. São Paulo é a cidade com vocação para a Fórmula 1, Interlagos recebeu R$ 80 milhões em obras nos últimos três anos e a cidade é o maior mercado consumidor da América do Sul”, explicou o governador.
Diante do cenário de concessão de Interlagos à iniciativa privada – os envelopes com as propostas serão abertos em 8 de janeiro, para operar o complexo por 33 anos -; o governador vê no México um espelho para viabilizar o novo acordo. “Governo do Estado e Prefeitura seguirão à frente do processo, mas temos total capacidade de conseguir, na iniciativa privada, o financiamento para manter o GP”, garantiu.
Prazo
Carey evitou falar sobre chances das duas cidades, admitindo apenas o interesse do Rio e o desejo de seguir com o GP Brasil por longo prazo. Deixou claro, no entanto, o prazo máximo para um acordo. “Precisamos definir a questão até o verão (europeu), para oficializar o calendário junto à FIA. São vários os fatores envolvidos na negociação, nossa preocupação é sempre em oferecer o melhor espetáculo para os brasileiros e a audiência pelo mundo. As negociações acontecem de forma privada e nos pronunciaremos oficialmente quando estiverem concluídas, é assim que atuamos”.
O que é certo é que o novo contrato incluirá a taxa de promoção (promoter fee). Uma espécie de cachê como o cobrado nas demais etapas (os valores são variáveis). No contrato atual, ainda assinado com Bernie Ecclestone, o Brasil foi isentado da obrigação, o que não ocorrerá daqui em diante.
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