Em quarentena, Mundial de F1 completa 70 anos

Há exatas sete décadas, uma base aérea desativada da Real Força Aérea (RAF) britânica testemunhava o surgimento da mais importante competição do automobilismo internacional. Em 13 de maio de 1950, 21 carros alinhavam em Silverstone para a primeira etapa do Mundial de F1. Na primeira fila, quatro carros, e não os dois atuais. E vitória de Giuseppe ‘Nino’ Farina, com uma Alfa Romeo; aliás, um hat-trick, com pole e volta mais rápida.

Começava ali uma história de 69 temporadas, 1.018 GPs e 33 campeões mundiais. De um campeonato que começou diferente, com prêmios modestos; carros com as cores dos respectivos países e patrocinadores apenas ao longo das pistas. Com direito à presença das 500 Milhas de Indianápolis por 10 anos no calendário (1950/1960). E que viu o Brasil envolvido já no segundo ano, com ‘seo’ Chico Landi e sua Ferrari amarela.

Sete décadas que transformaram uma categoria romântica e artesanal na principal expressão da tecnologia sobre rodas; um espetáculo global acompanhado por bilhões de pessoas e que envolve orçamentos para as escuderias hoje superiores aos R$ 1 bilhão/ano. Em boa parte, mérito de um piloto frustrado (não se classificou para o GP de Mônaco de 1958) que se tornaria dono da Brabham depois da morte do tricampeão Jack. Bernie Ecclestone entendeu o poder do que tinha em mãos, reuniu os demais construtores e passou a explorar o potencial financeiro da disputa.

Os 70 anos do circo ganharam logomarca comemorativa e deveriam ser celebrados tanto no GP da Espanha (originalmente dia 10) quanto na visita anual a Silverstone. Com a pandemia de Covid-19, no entanto, as homenagens na pista ficam adiadas ao menos para julho, quando se espera iniciar a septuagésima temporada da F1

Regulamento

Até a II Guerra Mundial havia os Grand Prix, provas de monopostos que reuniam nomes como Tazio Nuvolari, Rudolf Caracciola, Bernd Rosemeyer e Achille Varzi. Passado o confronto, surgiu a proposta de criar um campeonato mundial, com um conjunto de regras que ganharam inicialmente o nome de Formula Internationale. Mas que, antes do GP britânico de 1950, passaram a ter a denominação inconfundível.

Num primeiro momento, foram admitidos carros com motorização até 4.500cc aspirada ou 1.500 turbocomprimida. O que mudaria já em 1952, quando os carros da então F2 se tornaram a base do regulamento. Farina venceria outras duas das seis provas do calendário para superar Juan-Manuel Fangio por três pontos.

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