GP da Arábia Saudita: corrida maluca empata definição na F-1

Duas bandeiras vermelhas, três largadas, um toque entre os candidatos ao título mundial de F-1 e um empate na pontuação a caminho da última etapa da temporada, em Abu Dhabi. O GP da Arábia Saudita não economizou em incidentes e ocorrências, num traçado que se mostrou desafiador mas, ao mesmo tempo, pouco seguro. Lewis Hamilton (Mercedes) conquistou a terceira vitória consecutiva depois de ficar em desvantagem na primeira parte da prova e, graças ao ponto da volta mais rápida, chegou aos mesmos 369,5 pontos de Max Verstappen. O holandês da Red Bull leva vantagem apenas no número de vitórias (9 a 8), caso nenhum dos dois pontue no próximo domingo.

Hamilton manteve a ponta na largada escoltado por Valtteri Bottas, o que trazia a chance de tomar a liderança do campeonato de Verstappen. Na nona volta, no entanto, uma batida de Mick Schumacher (Haas) levou a direção de prova a mostrar inicialmente o safety car. O que levou os dois carros prateados aos boxes para o pitstop. O holandês seguiu na pista e, com a interrupção por bandeira vermelha logo depois, teve a chance de fazer a troca com os carros parados no pitlane para voltar à frente.

Na relargada, Hamilton acabou espremido para a área de escape pelo rival, caindo para terceiro – Esteban Ocon (Alpine) aproveitou a confusão para assumir o segundo lugar. Logo em seguida um toque de Sergio Perez (Red Bull) em Charles Leclerc (Ferrari) envolveu ainda George Russell (Williams) e Nikita Mazepin (Haas). Nova bandeira vermelha parou o GP saudita mais uma vez.

Negociação

Verstappen seria punido pelo incidente da relargada mas, durante a limpeza da pista, o diretor de prova Michael Masi ofereceu à Red Bull a chance de que o holandês partisse em terceiro, atrás de Hamilton. O que já serviria como penalização. Depois de uma troca de mensagens e alguma negociação, foi assim que os carros realinharam no grid. Com pneus médios, o piloto da Red Bull atacou para tomar a ponta já nos primeiros metros.

Hamilton deixou Ocon para trás e iniciou a perseguição ao adversário pelo campeonato. Com pneus duros, apostava na queda de rendimento de Verstappen com o desgaste da borracha. Depois de dois períodos de Virtual Safety Car por detritos, o piloto da Mercedes #44 atacou, mas foi jogado pela Red Bull #33 para fora da pista. Não demorou para que a direção de prova ordenasse a troca de posições. Algo que Verstappen tentou fazer num ponto em que aproveitaria o DRS logo em seguida para tentar o troco. A freada brusca no meio da reta levou ao toque entre os dois carros. A Mercedes perdeu a lateral direita da asa dianteira e a Red Bull seguiu na frente.

Até que Verstappen enfim cedesse a posição, mas não muito – desta vez a artimanha deu certo e ele conseguiu recuperá-la. Mas Hamilton finalmente levou a melhor, e o piloto da Red Bull ainda acabou novamente punido com 5 segundos acrescidos a seu tempo total. Com Ocon não tão distante, não haveria como pará-lo para tentar a volta mais rápida. Assim, Hamilton cruzou à frente de Verstappen. O francês, vencedor na Hungria, perdeu nos últimos metros o pódio para Valtteri Bottas.

Daniel Ricciardo (McLaren); Pierre Gasly (AlphaTauri), Leclerc, Carlos Sainz (Ferrari), Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) e Lando Norris (McLaren) fecharam a zona de pontuação. Verstappen ainda foi chamado à sala dos comissários e recebeu outros 10 segundos de penalização, mas não perdeu a P.2.

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