A edição 2022 do Dakar (1º a 14 de janeiro) traz uma grande novidade entre os carros. Dentro da proposta de usar energias renováveis e combustíveis não-fósseis a Audi chega com seu buggy RS Q e-tron, movido principalmente pela eletricidade. O modelo conta ainda com um propulsor 2.0 quatro cilindros turbo (o mesmo usado até 2020 no DTM), mas sua função é converter energia e carregar constantemente as baterias.
O RS Q e-tron conta com dois propulsores elétricos, um por eixo. Um dos desafios da Audi Sport foi garantir a refrigeração dos diversos sistemas: no caso do pacote de baterias é usado um radiador na parte dianteira com o fluido Novec, que não carrega energia elétrica. Os geradores (MGU) – um ao lado do motor a combustão e um por eixo – contam com um circuito próprio de refrigeração. No caso do motor TFSI, há um trocador de calor e um intercooler para a turbina. Frenagens e desacelerações são usadas para regenerar energia – tecnologia que a casa de Ingolstadt traz de seu protótipo híbrido R18 do Mundial de Endurance e da Fórmula E.
Testes
Por exigência do regulamento, as máquinas pilotadas por Carlos Sainz, Stephane Peterhansel e Mattias Ekstrom pesam duas toneladas, o mesmo total dos protótipos FIA T1+. A marca alemã preferiu não testar o RS Q e-tron em condições de competição, o que acontecerá pela primeira vez no Dakar. Mas submeteu seu modelo a um intenso programa de testes no Marrocos. O que incluiu simular problemas e trabalhar em condições de estresse (entradas de ar cobertas, por exemplo).
A gestão técnica dos três Audi está a cargo da Q Motorsport, criada por Sven Quandt, já responsável pelo programa com os Mini nos rallies cross-country (com sua X-Raid). A tendência é que Ekstrom (bicampeão do DTM), menos experiente do trio no Dakar, atue inicialmente como assistência rápida para Sainz e Peterhansel.
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