Audi terá Peterhansel, Sainz e Ekstrom para estreia no Dakar
Dois dos maiores nomes da história do Rally Dakar e um multicampeão no asfalto e na terra. Para sua estreia no mais difícil desafio off-road do planeta, a Audi escolheu um esquadrão com ambições sérias de vitória já em 2022. Stephane Peterhansel, Carlos Sainz e Mattias Ekstrom vão comandar os buggies elétricos da casa dos quatro aneis, alinhados pela Q Motorsport.
Para o francês, maior vencedor da história (14 títulos nas motos e carros) e o espanhol (três vitórias) será ‘apenas’ uma mudança de marca. Afinal, a Q Motorsport é comandada por Sven Quandt, criador da X-Raid, que alinha os Mini JCW Buggy e All4 nas principais provas de rally cross-country. Ekstrom traz no currículo os dois títulos do DTM e um Mundial de Rallycross. Já em preparação para o desafio, ele completou o Dakar deste ano em um UTV preparado pela estrutura de Quandt.
“Será uma das principais aventuras da minha carreira. Mesmo prestes a completar 43 anos, serei o ‘júnior’ do time, considerando a idade e a experiência de Stephane e Carlos. Nesse tipo de prova a experiência conta bastante, e tenho muito a aprender”, diz o sueco. Seu navegador será o ex-piloto Emil Bergkvist.
Peterhansel, o ‘Mister Dakar’, espera fazer história mais uma vez como primeiro campeão do Dakar com energia renovável. “É o futuro. Cada vez mais pessoas dirigem carros movidos a eletricidade, e o Dakar será um teste extremo para esta tecnologia. Não poderia ficar fora deste projeto ambicioso”, diz o campeão de 2021. Ele mantém a dupla com Edouard Boulanger.
Tecnologia
Sainz lembra que a Audi foi pioneira no WRC com a tecnologia Quattro de tração integral, destaque no campeonato em seus primeiros anos como piloto. “Com nossa experiência podermos auxiliar os engenheiros a desenvolver um carro rápido e confiável. É um projeto fantástico, não vejo a hora de testar o carro pela primeira vez”. ‘El Matador’ já tem este ano um gosto da experiência de comandar um buggy off-road elétrico, na Extreme E. Lucas Cruz segue como seu navegador.
O buggy da Audi será movido por motores elétricos auxiliados por um propulsor a combustão (o quatro cilindros 2.0 turbo usado até o ano passado no DTM). Ele será acionado apenas para recarregar as baterias, já que não haveria autonomia suficiente para encarar estágios cronometrados que superam os 600 quilômetros apenas com a propulsão limpa.
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