Dupla nordestina encara o Sertões de Honda Tornado
Encarar o maior rally das Américas exige preparação e um equipamento capaz de enfrentar todo o tipo de desafio. Mas não é privilégio de protótipos desenvolvidos para esse tipo de prova e fabricados em quantidades limitadas, muitas vezes no exterior. Há quem encare a maratona com veículos disponíveis em qualquer concessionária (no caso inclusive já fora de linha), com os devidos reforços, e a garra típica do nordestino. O cearense André Bezerra e o piauiense Francisco Pitombeira largaram do Velocitta (Mogi Guaçu/SP) rumo a Barreirinhas (MA), onde o Sertões encerra sua 28ª. edição neste sábado 7/11) com motos Honda Tornado XR250.
Bezerra participa pela terceira vez da prova, a primeira com a Tornado. E tem uma justificativa interessante para a escolha. “Com o orçamento de que precisaria para fazer um Sertões com uma moto importada, faço dois com a nacional”. E lembra que a missão, por causa das limitações da moto, acaba sendo tão ou mais difícil que a do pelotão de ponta. “A suspensão é limitada, claro que recebe uma preparação, mas não chega nem perto das que estão nas motos maiores. Com isso, o corpo sente mais os impactos, a gente termina o dia bastante cansados”. Ele ocupa a 21ª posição geral entre as 61 motos, e é terceiro na categoria Marathon Brasil.
Francisco é estreante e também não teme os desafios reservados para o restante do percurso. “Rapaz, sei que vai ser difícil, mas estou ansioso e confiante. Sempre quis participar do Sertões e sei que não sou tão rápido quanto a turma da frente, nem tenho o equipamento deles, mas não importa. Vamos sacolejar um bocado pelo caminho, mas faz parte da aventura”. Ele ocupa a 25ª posição na geral e é quarto na Marathon Brasil.
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