FIA conclui investigações do acidente que vitimou Anthoine Hubert
Cinco meses após a morte de Anthoine Hubert na prova 1 da F2 em Spa-Francorchamps, a FIA divulgou as conclusões de sua investigação sobre o acidente. Os dados da telemetria dos carros do francês; do norte-americano Juan-Manuel Correa (que se feriu com gravidade); de Ralph Boschung e Giuliano Alesi foram analisados para entender a dinâmica do ocorrido.
O relatório indicou que, do ponto de vista da pilotagem, não é possível determinar culpados. E que a fatalidade, como já se supunha, se deveu a um conjunto de circunstâncias infelizes.
A apuração confirmou que Alesi perdeu o controle na subida da Eau Rouge por uma perda de pressão num pneu traseiro de seu Dallara Mecachrome. A reação de Boschung e Hubert desviando à direita se deu antes do aparecimento da bandeira amarela, sem tempo e espaço para reduzir a velocidade de modo significativo.
O carro do francês estava a 262km/h (já sem a asa dianteira) quando seguiu em direção ao guard-rail na área de escape, registrando força gravitacional de 33.7g. Em seguida, o choque de Hubert com Correa se deu em ângulo quase reto (86º), o chamado impacto em T, ou T-bone, o mais temido em qualquer acidente automobilístico. O norte-americano, que trafegava a 218km/h, acumulou desaceleração de 65.1g. Já Hubert, de 81.8g. Que não está entre os valores mais altos já registrados mas, no caso, por conta da dinâmica, se mostrou fatal.
Resposta
Ainda segundo as conclusões da FIA, as equipes de resgate iniciaram sua ação 12 segundos após a perda de controle de Alesi. Hubert começou a ser atendido 54 segundos depois da interrupção por bandeira vermelha. Os tempos, diante das condições de pista e acesso ao local, foram considerados em sintonia com os padrões da entidade.
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