Hartley prossegue na Toro Rosso. Por enquanto
O ocupante da principal “cadeira elétrica” do Mundial de Fórmula 1 segue com seu cockpit seguro ao menos até o GP de Cingapura (e provavelmente também em Sochi, duas semanas depois). A Toro Rosso divulgou seu comunicado de apresentação do GP de Cingapura confirmando a presença do neozelandês Brandon Hartley no comando do STR13-Honda de número 28 no traçado de rua de Marina Bay – será sua primeira experiência numa pista em que o calor, a umidade, a alta incidência de quebras e acidentes costumam abrir espaço para surpresas.
Atual campeão mundial de Endurance (WEC) pela Porsche e vencedor das 24h de Le Mans do ano passado, Hartley soma apenas dois pontos, contra os 28 do companheiro de time Pierre Gasly, promovido à Red Bull em 2019. Nem sempre, no entanto, questão de adaptação ao carro ou desempenho, como no GP do Canadá, em que largava no meio do pelotão e acabou atingido pela Williams de Lance Stroll já na primeira volta. Helmut Marko, homem-forte do grupo do touro vermelho nas pistas, por várias vezes cobrou, direta ou indiretamente, uma evolução que não se traduziu em termos de resultados e a tradição na Toro Rosso é não esperar muito para promover mudanças – o próprio Hartley estreou ano passado nos Estados Unidos ocupando o posto de Gasly (que lutava pelo título da Superformula no Japão na mesma data) mas, quando o francês retornou, acabou ficando com a vaga de Daniil Kvyat. Que, agora, aparece como candidato a um dos carros do time de Faenza no ano que vem.
As especulações envolvendo o futuro de Hartley cresceram com a divulgação, nessa semana, de uma imagem do suíço Sebastien Buemi, reserva de RBR e STR, moldando o banco na sede da segunda, algo que seria desnecessário se não houvesse alguma atividade programada. Além disso, o Racemotor mostrou um evento de um dos patrocinadores (a Casio) na cidade-estado apenas com a presença de Gasly.
Como Cingapura, Sochi e mesmo Suzuka são circuitos complicados para testar um piloto no primeiro treino livre (por mais experiente que ele seja), é possível que Buemi ande com o carro em Austin – vale lembrar que ele tem contrato com a Toyota para o WEC, que lidera ao lado de Fernando Alonso e Kazuki Nakajima.
