Hélio Castroneves faz história nas 500 Milhas com a quarta vitória
Brasil no victory lane mais tradicional do automobilismo mundial. Com um resultado histórico. Hélio Castroneves se junta a A.J Foyt, Al Unser Sr. e Rick Mears como um dos únicos tetracampeões das 500 Milhas de Indianápolis. Na primeira corrida pela Meyer Shank Racing, o paulista de Ribeirão Preto fez valer toda a sua experiência no Indianapolis Motor Speedway para receber a bandeirada na frente, após um duelo final com Alex Palou (Dallara Honda #10/Ganassi). Ao longo das 200 voltas, se manteve no primeiro pelotão e acabou favorecido pelo baixo número de bandeiras amarelas (apenas duas), que dificultou a vida de quem buscava estrategias diferentes. E proporcionou a mais alta média horária em 105 edições: 190.690 mph, ou 306,82 km/h.
Sexto nas primeiras voltas, superou Tony Kanaan (Dallara Honda #48/Ganassi) e conseguiu escapar dos problemas de falta de combustível na amarela provocada por Stefan Wilson (Dallara Honda #25/Andretti), que bateu dentro dos boxes. O pole Scott Dixon (Dallara Honda #9/Ganassi) e Alexander Rossi (Dallara Honda #27/Andretti) não tiveram a mesma sorte. Na primeira parte da prova, os carros da Ed Carpenter Racing – Rinus VeeKay, no #21 e Conor Daly, no #47.
Com a rodada de pits, Helinho tomou a ponta pela primeira vez na volta 36. Já então era seguido de perto por Palou e Pato O’Ward (Dallara Chevrolet #5/Arrow McLaren SP). Uma roda solta no carro de Graham Rahal (Dallara Honda #15/Rahal Letterman) levou o norte-americano a bater na mureta da Curva 2 e provocou a segunda amarela.
Economia
Algumas equipes resolveram arriscar com a economia de combustível para evitar uma parada extra nas voltas finais – casos de Dixon e de Pietro Fittipaldi. A estratégia convencional, no entanto, se mostrou a mais indicada. Castroneves entrou nos pits pela última vez a 28 voltas do fim – autonomia suficiente para atacar no fim. Trocou de posições com Palou, até assumir definitivamente a ponta na V.198. Mesmo um pelotão de retardatários à frente não o impediu se de manter à frente do espanhol. Kanaan, que perdeu terreno após a primeira parada (foi obrigado a abastecer na amarela de Wilson com o pit fechado e caiu para o fim da fila), conseguiu terminar em décimo. Fittipaldi, obrigado a tirar o pé no fim, foi o 25º.
“O carro estava perfeito. Conseguimos. Para quem acha que era o fim, é apenas o começo”, disse o mais novo tetra da Indy 500, que voltou a vencer após 12 anos. Havia dominado em 2001, 2002 e 2009, sempre pela Penske. A demorada comemoração não podia deixar de fora a escalada do alambrado pelo ‘Homem Aranha’ – ganhou as bênçãos de Mario Andretti e os parabéns do ex-patrão.

Siga o Racemotor no: