Pai de Lance Stroll salva a Force India da falência
Dono de um império que inclui de fabricantes de equipamentos de defesa aeroespacial ao controle de marcas como Tommy Hilfilger e Polo Ralph Lauren, o bilionário canadense Lawrence Stroll confirmou as especulações dos bastidores e garantiu a sobrevivência da Force India, que entrou em regime de administração judicial na semana do GP da Hungria. Ele lidera, segundo a imprensa inglesa, o consórcio de investidores que entraram em acordo com as autoridades britânicas, oferecendo garantia de quitação dos débitos e manutenção dos postos de trabalho.
Num primeiro momento, todas as peças do quebra-cabeças apontam para a manutenção do pacote técnico, com unidades de potência Mercedes para 2019. Resta saber se Ottmar Szafnauer será mantido no comando técnico da escuderia sediada em Silverstone, bem como o eventual prosseguimento do patrocínio principal pelo Grupo BWT, especializado em soluções de tratamento de água e que, com a montadora alemã e o piloto Sérgio Pérez, assinou o pedido de insolvência aceito pela justiça inglesa. O que é certo é que as marcas Sahara, do empresário Subrata Roy, e Kingfisher (cerveja e linhas aéreas pertencentes a Vijay Mallya) desaparecerão dos carros na próxima temporada. Os dois são acusados de crimes fiscais na Índia (o primeiro inclusive está preso, enquanto o segundo teve ordem de extradição pedida).
Outra incógnita diz respeito à premiação que o time terá direito de acordo com a posição no Mundial de Construtores. Segundo o Acordo da Concórdia, assinado ainda entre Bernie Ecclestone, as equipes e a FIA, a mudança de propriedade e de nome tiraria o acesso à verba, salvo se houver unanimidade das adversárias (Williams e Haas já se opuseram).
Vinculado à compra de um time de F-1 desde antes da chegada do filho Lance à categoria (quando chegou a conversar com a Sauber), Stroll Sênior também é dono da Prema, equipe italiana destaque nas categorias de formação e poderia apostar na denominação para a nova encarnação de uma escuderia que nasceu como Jordan, transformou-se em Spyker e Midland, até assumir a configuração atual, em 2008. Difícil apostar que o herdeiro não trocará a Williams pela formação, o que só agrava o cenário do time de Grove, ajudado pelos milhões em patrocínio da família Stroll nos últimos dois anos.