Rally de Monte-Carlo inicia fase híbrida do WRC
O Mundial de Rally inicia neste fim de semana uma nova fase com sua prova mais charmosa: o Rally de Monte-Carlo. A competição é a terceira com o status de Mundial FIA a abraçar os sistemas híbridos de propulsão, inicialmente na principal categoria (Rally1). Uma mudança para se ajustar aos novos tempos, a exemplo do uso dos biocombustíveis, mas que também proporcionará maior desempenho aos carros. Aos cerca de 360cv dos motores 1.6 turbo se somam os 130 da unidade elétrica, carregada com a energia dissipada nas frenagens e desacelerações (como o KERS da F-1). Um sistema único para as três marcas (Toyota, Ford e Hyundai), desenvolvido pela Compact Dynamics.
A ideia é usar a carga elétrica para mover os carros em trechos de deslocamento. Em Mônaco, isso acontecerá por pouco mais de quatro quilômetros na largada promocional. Nesse primeiro momento, o WRC Promoter (empresa da Red Bull) quer evitar problemas com um equipamento novo que poderiam provocar abandonos numa prova já complicada. Como na F-1 e na Endurance (Hypercar), luzes (verde e vermelha) vão indicar se mecânicos e mesmo os espectadores numa situação de emergência poderão ou não encostar nas máquinas.
A temporada 2022 marca a estreia de uma nova geração de carros, com uma estrutura de segurança reforçada e a aerodinâmica mais simples. Com o sistema híbrido, as equipes orientaram os pilotos a não frear com o pé esquerdo, técnica comum na modalidade, para favorecer a recuperação de energia.
A prova
Em sua 90ª edição, o Rally de Monte-Carlo contará com 17 estágios cronometrados no asfalto, de quinta-feira (20) a domingo (23). E começa com as especiais noturnas que incluem o lendário Col du Turini (La Bollene – Vesubie/Moulinet). A previsão do tempo para a região dos Alpes Marítimos praticamente descarta a presença da neve, normalmente uma dificuldade a mais na prova.
O ‘Monte’ 2022 conta com o número máximo de inscritos (75). Onze deles na Rally 1. Sebastian Ogier, com novo navegador (Benjamin Veillas) busca sua nona vitória, depois do octacampeonato mundial – fará apenas algumas etapas com o Yaris Hy. A Toyota conta ainda com Kalle Rovanpera / Jonne Haltunen; Elfyn Evans / Scott Martin e Takamoto Katsuta / Aaron Johnston. Com o i20 HY, a Hyundai alinha Thierry Neuville / Martijn Wydaeghe; Ott Tanak / Martin Jarveoja e Oliver Solberg / Elliott Edmondson.
Agora com o patrocínio da Red Bull, a Ford M-Sport aposta no SUV Puma e também terá quatro carros nas estradas de montanha francesas: Craig Breen / Paul Nagle; Adrien Fourmaux / Alexandre Coria; Gus Greensmith / Jonas Andersson, além de Sebastien Loeb / Isabelle Galmiche. A navegadora francesa substitui o monegasco Daniel Elena, parceiro de Loeb nos nove títulos mundiais.
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