Robert Wickens volta a comandar um carro de corrida, com planos para retorno às pistas
Uma terça-feira especial para Robert Wickens. Pouco menos de três anos depois do assustador acidente nas 500 Milhas de Pocono (Fórmula Indy), o canadense voltou a comandar um carro de competição. Com planos de voltar a acelerar profissionalmente, ele testa um Hyundai Veloster TCR da Bryan Herta Autosport em Mid-Ohio. Máquina que conta com comandos no volante (acelerador, embreagem e freios), usados por Michael Johnson, um ex-motociclista que perdeu os movimentos nos membros inferiores e disputa o IMSA Pilot Challenge.
Com lesões na medula e fraturas que exigiram inúmeras cirurgias, o canadense passou por um longo e doloroso processo de reabilitação, marcado por passos lentos mas importantes para voltar a caminhar (com a ajuda de muletas) e recuperar a mobilidade do tronco para baixo. Há dois anos, ele fez uma exibição com um Acura NSX adaptado antes do GP de Toronto da Indy. E nunca escondeu que faria o possível para voltar às competições se fosse possível.

“Assim que acordei do coma, pensei: ‘quando volto a correr’? Tantas pessoas acreditaram em mim e eu não podia desperdiçar tudo isso. O que sofri foi só um obstáculo, não uma sentença de fim de carreira. Com 32 anos, eu ainda tenho muito a viver e quero aproveitar ao máximo. Foi o que me guiou na minha reabilitação e continua até hoje. Sabia que se eu não me empenhasse, ficaria o resto da vida perguntando – o que teria sido se eu fizesse mais?”, resumiu o canadense.
Para completar o cenário de adaptação, a chuva exigiu ainda mais do que foi um reencontro com jeito de aprendizado. “Trouxe o carro inteiro de volta. Contei com a generosidade de muitos amigos para que isso acontecesse. Foram muitas coisas ao mesmo tempo – a pista molhada, os controles nas mãos, primeira vez no carro. Mas me senti muito bem”, completou Wickens. As categorias de turismo não são novidade para ele, já que disputou por seis temporadas (2012 a 2017) o DTM com a Mercedes e conseguiu seis vitórias.
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