Ross Brawn dá pistas do calendário da F1 após a pandemia

Como será o calendário da F1 tão logo seja possível começar a temporada não é a famosa pergunta de US$ 1 milhão, mas a de centenas de milhões de dólares. E ninguém melhor do que o principal encarregado pela definição do quebra-cabeças (do ponto de vista técnico, pelo menos) para dar algumas pistas do que se pretende fazer. Hoje o principal nome de pista da categoria na Liberty Media, Ross Brawn falou do cenário previsto e das diversas possibilidades.

O ex-dono de equipe e projetista premiado reforçou que a logística é hoje o principal obstáculo à retomada. Na conversa com a Sky Sports, reproduzida pelo site oficial da categoria, lembrou que são milhares de pessoas entrando em cada país visitado, e muitas vezes saindo de regiões ainda bastante atingidas pela pandemia do novo coronavírus.

O dirigente confirmou que a ideia é começar pela Europa, e deu a entender que a ideia de abrir o campeonato na França, a portas fechadas, seria a mais forte no momento. Paul Ricard conta com infraestrutura suficiente para permitir que as equipes praticamente se ‘auto-isolem’. “Temos como criar um ambiente bastante protegido, com pilotos e equipes vindo em voos fretados, todo o pessoal testado e o risco seria praticamente zero. Não é o cenário ideal em termos de público, mas ao menos poderíamos levar o espetáculo a milhões de pessoas pelo mundo. Também não queremos começar a temporada para termos de interrompê-la depois”.

Brawn lembrou que o regulamento prevê a disputa de um mínimo de oito GPs para validar o campeonato, o que poderia ser conseguido caso seja necessário esperar até outubro. “É o prazo final com que trabalhamos. Sempre existe a possibilidade de entrar pelo próximo ano, mas há uma série de complicadores que temos de avaliar”.

Segundo ele, caso seja possível começar em julho, haveria espaço para 18 ou 19 GPs, e a programação concentrada em dois dias não seria necessária em todos os casos. “Como pensamos, seriam três GPs em sequência e um fim de semana de folga, e assim por diante”.

Ele deixou claro que a China faz parte dos planos e poderia ser um desses cenários de finais de semana mais curtos – o país asiático trabalha com novembro como possibilidade. O ex-chefe de Rubens Barrichello (na Ferrari e na Brawn) deu a entender que uma sequência asiática será adotada, incluindo Cingapura, Vietnã e Japão.

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