Vitória brasileira em dia de ‘aquecimento’ no Rally Dakar

Não mais do que 84 quilômetros cronometrados. Quase nada diante dos mais de três mil que separam a caravana no Rally Dakar do fim da maratona off-road. Uma forma de permitir aos competidores uma adaptação gradual aos desafios do percurso traçado em território peruano. Com dunas menores, mas temperaturas bastante altas, suficientes para testar homens e máquinas. E, melhor do que tudo, com direito a vitória brasileira na etapa entre os SxS/UTV.

Valendo-se da posição favorável de largada, por conta do título do ano passado, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin (Can-Am Maverick) mantiveram um ritmo forte desde os primeiros quilômetros, mantendo a ponta desde o primeiro checkpoint. Ao fim do dia, terminaram 1min27 à frente do ex-motociclista chileno Francisco ‘Chaleco’ López, com um modelo da mesma marca, e 2min32 à frente de seu companheiro de equipe Gerard Farrés Guell. Estreando, Marcos Baumgart e Kléber Cincéa terminaram em sétimo com seu Can-Am, três posições à frente de Bruno Varela/Maykel Justo, enquanto Cristian Baumgart/Beco Andreotti superaram uma pane para terminar em 17º.

Nas motos, o espanhol Joan Barreda mostrou que a Honda promete endurecer a disputa com a KTM, vencendo a etapa com 1min34 de vantagem sobre o chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna). Outro piloto do time oficial japonês, o norte-americano Ricky Brabec, veio em seguida, com o trio da ‘armada laranja’ em sequência (Sam Sunderland, Toby Price e Matthias Walkner). Os dois representantes brasileiros completaram a etapa: Antônio Lincoln Berrocal ficou com a 95ª posição, a 39min26 do líder, enquanto Marcos Colvero foi o 132º, depois de enfrentar problemas.

Nos carros, a promessa do catariano Nasser Al-Attiyah de atacar desde o primeiro quilômetro se confirmou, com a Toyota Hilux do Team Gazoo 1min59 à frente do buggy Mini do atual vencedor, Carlos Sainz. Vários dos favoritos começaram de forma cautelosa, casos de Stephane Peterhansel, com outro buggy Mini (sexto), de seu companheiro de equipe Nani Roma (11º) e de Sebastien Loeb (13º). O francês nove vezes campeão mundial de rally (WRC) admitiu ter adotado um ritmo mais tranquilo, dando a entender que sabe bem quando será o momento de buscar a ponta. Robby Gordon levou seu UTV Textron à 21ª posição geral.

Como nos anos anteriores, a briga entre os caminhões deve ficar entre os times oficiais da Kamaz e da Iveco. Por enquanto, vantagem russa, com Edouard Nikolaev, 18 segundos à frente do pesado italiano do holandês Ton van Genugten, com outro Iveco, o do argentino Federico “Coyote” Villagra em terceiro.

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