Nazareth Speedway: triste fim de uma pista lendária

Se os brasileiros lamentam, e com razão, o fim de Jacarepaguá e temem possibilidade semelhante com o Autódromo de Curtiba, a desativação e o fechamento de pistas ocorrem mesmo em países com um automobilismo de base mais forte e que, na teoria, teriam toda a condição de seguir abertas para as máquinas. O Racemotor traz um exemplo, e de um modo curioso: entusiastas do programa de simulação IRacing iniciaram nas redes sociais uma petição para que o Nazareth Speedway, na Pensilvânia, seja escaneado e “mantido vivo” ao menos nas telas dos computadores.

Quem acompanhou a Indycar na década de 1980 motivado pelos títulos de Emerson Fittipaldi e a presença de Raul Boesel, além dos craques norte-americanos de então (Mario e Michael Andretti, Bobby Rahal, Rick Mears, Al Unser Sr. e Jr.) certamente tem lembranças desse trioval de 0.925 milha, construído na cidade dos Andretti (onde o patriarca Mario se estabeleceu com a família ao imigrar da Itália). Emerson venceu a Firestone Indy 225 em três ocasiões (1989, 1990 e 1995); Gil de Ferran foi ao alto do pódio em 2000 e, já pela IRL, Hélio Castroneves recebeu a bandeirada em primeiro em 2003, além de duas vitórias de Cristiano da Matta e uma de Aírton Daré na Indy Lights.

Até 2004, a pista pertencia a Roger Penske, que aceitou a oferta da ISC, de Bruton Smith, que preferiu valorizar o traçado próximo de Watkins Glen e asfixiou o oval por falta de corridas. Há três anos, os restos do que um dia foi o Nazareth Speedway foram vendidos para uma incorporadora imobiliária, com o compromisso de que o espaço não fosse usado para nenhuma categoria do automobilismo ou do motociclismo. Vai virar um conjunto de condomínios e galpões, com direito a estabelecimentos comerciais.

 

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